sexta-feira, 26 de setembro de 2008
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
Nova tira no jacaré Banguela
YEY! Mais uma tirinha publicada no site Jacaré Banguela!
Para visualizar as outras tirinhas já publicadas aqui, clique nos link "temas" (a direita) e em tiras.
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sexta-feira, 29 de agosto de 2008
De volta para o Passado! - Parte 02
**ATENÇÃO!: Esse post se divide excepcionalmente em 2 partes. Essa é a parte 02. Volte logo abaixo e leia a parte 01 se tiver curiosidade... ou faça como você quiser. Você não é adulto e independente? Só não diga que eu não avisei!
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- Se você conseguiu ler esse post até aqui, deve se lembrar que no último capítulo, nosso herói entrou em choque ao descobrir que ele possuía uma versão de si mesmo nos anos 80 e, como se essa bizarra descoberta não fosse suficiente, ele resolve se lembrar de mais uma das suas bizarras aventuras adolescentes. Eu sinceramente não sei como vocês aguentam esse Blog.. Mas, gosto e gosto. Voltemos agora à continuação de nossa eletrizante (zzzzzzzzz) aventura...
- Se você conseguiu ler esse post até aqui, deve se lembrar que no último capítulo, nosso herói entrou em choque ao descobrir que ele possuía uma versão de si mesmo nos anos 80 e, como se essa bizarra descoberta não fosse suficiente, ele resolve se lembrar de mais uma das suas bizarras aventuras adolescentes. Eu sinceramente não sei como vocês aguentam esse Blog.. Mas, gosto e gosto. Voltemos agora à continuação de nossa eletrizante (zzzzzzzzz) aventura...
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Quando o ônibus abriu a porta, subimos decididos e irritados com a teimosia um do outro. Para nossa sorte, o ônibus estava vazio. O cobrador estranhou, mas não comentou nada, o sorriso no rosto dele enquanto buscava o troco me fez pensar que talvez eu devesse ter voltado e trocado de roupa, mas pensei que na boate ninguém perceberia.
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Convictos do nosso destino, sentamos, um do lado do outro, constrangidos e sem nada falar pelo resto da viagem. Pelo menos era esse o nosso plano.
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No caminho, entre o barulho do motor e do balanço do ônibus, eu divagava perdido em pensamentos olhando o horizonte pela janela que trepidava. Foi quando percebi que, ao longe, uma longa e assustadora nuvem de poeira marrom se levantava do chão vermelho.
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Por um momento, pensei que se tratava de mais um redemoinho de vento, tão comum na época da seca. Mas era diferente. Ela não se movia e, quanto mais avançavamos, mais a nuvem se aproximava, até que, ao pararmos em um determinado ponto de ônibus descobrimos, atônitos, que a nuvem não era um fenômeno da natureza e sim, um punhado de garotos, alguns anos mais velhos que nós, que se empurravam e estapeavam atrás da parada de ônibus.
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Não, garotos não os definem, eram, para ser mais exato, um bando de Punks mal encarados, com cabelos moicanos, jaquetas jeans e botas sujas. Graças a filmes como "Selvagens da noite" (The Warriors, 1979), eram, para nós, a mais pura personificação do terror.
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Da janela eu rezava: - "Deus, não deixem que eles entrem no ônibus, não nesse". Em seguida lá estavam eles fazendo o sinal para que o ônibus parasse. Entraram os quatro, se empurrando, se debatendo e rindo. Não cruzamos olhares. Um fio de suor desceu dos meus cabelos com Gel. Eles faziam barulho e falavam palavrões.
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Ao cruzar a roleta, eles se cutucaram. Pela visão periférica ví que eles nos notaram. Talvez porque nos nós vestíamos iguais como se fossemos o Milly Vanilly (uma famosa dupla musical do final dos anos 80/90) ou, não sei, fosse pelo fato de estarmos sozinhos no ônibus, talvez? De qualquer forma, assim que nos viram, acabaram com a balbúrdia. Tremi.
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Calmos e organizados eles passaram por nós nos encarando, como se fossemos animais exóticos do zoologico. Sentaram-se no fundo do ônibus. Eu podia ouvir leves cochichos e risadas. Não tinha coragem de olhar para trás. Senti que se aproximavam. Sentaram-se nos bancos atrás dos nossos. Olhei para meu amigo do lado sem virar o rosto. Ele estava petrificado. Meu estômago embrulhou.
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De repente, entre eu e meu amigo, percebi um vulto. Era a cabeça de um dos punks que surgia nos encarando. Mais uma vez, fingi que nada tinha visto. Ele volta. O som dos nossos batimentos cardíacos só não podiam ser ouvidos por causa do barulho do motor do ônibus.
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De repente, atrás de mim, um grito quase ensurdecedor me faz bater a cabeça no teto só pelo susto: - "CHEIRO DE BURGUÊESS!!". Quando voltei ao meu assento, cerca de três minutos depois de ter orbitado de medo, olhei para o meu amigo. Ele parecia um gato quando encontra um cachorro (ou melhor, um rato quando encontra um gato?). Estava de cabelo em pé! O terror foi tanto que o gel evaporou!
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E mais uma vez, outro grito: - "CAPITALISMO SELVAGEMMMM!!" e outro: "PLAYMOBILL CAPITALISTAAAAAAA!!", esse último tão alto e tão sonoro que senti romper alguma coisa nos meus ouvidos. Mas eu continuava impassível. Firme, sangrando pelos ouvidos, mas firme!
Eles continuaram gritando e rindo, por boa parte da viagem. Eu não conseguiria reproduzir aqui o que foi dito porque a partir daquele momento a única coisa que eu conseguia ouvir era o constante zumbido agudo que vinha dos meus tímpanos. Mas fico feliz em saber que nos fizemos a tarde daqueles rapazes tão feliz.. (espero que tenham sido atropelados logo após descer do ônibus!).
Eles continuaram gritando e rindo, por boa parte da viagem. Eu não conseguiria reproduzir aqui o que foi dito porque a partir daquele momento a única coisa que eu conseguia ouvir era o constante zumbido agudo que vinha dos meus tímpanos. Mas fico feliz em saber que nos fizemos a tarde daqueles rapazes tão feliz.. (espero que tenham sido atropelados logo após descer do ônibus!).
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De qualquer forma, assim que entramos na Asa sul, descemos. Não era nosso ponto, mas quem estava contando? Ao pisar no solo e ver o ônibus seguir viagem, fomos tomados por uma grande dosagem de testosterona, o que nos fez chama-los para uma briga justa em solo firme. Infelizmente eles não viram porque o ônibus já se encontrava há mais de 500 metros de nós. Decidimos que era melhor seguirmos viagem. Só para evitar a possibilidade de algum deles ter visto nossos brados de fúria e decidissem voltar.
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Então, é justamente por isso que eu imploro, reunamos todos os registros visuais, fotos e vídeos referentes aos anos 80. Vamos nos reunir em volta de uma grande, uma imensa fogueira para queimarmos tudo, dançamos, bebemos e fingimos, no dia seguinte, que essa década nunca aconteceu.
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Ps - Os registros sonoros eu deixo passar, afinal, foi um dos períodos mais importantes e criativos da musica que hoje conhecemos.
De volta para o Passado!
**E antes que agosto acabasse, eis que surge um novo post.
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ATENÇÃO!: Esse post se divide excepcionalmente em 2 partes. Leia agora a parte 01 e, se tiver paciência a parte 02 logo acima. Boa sorte!
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Eu estava na casa de uma grande amiga quando, depois de bebermos um pouco, ela disse que tinha uma surpresa para mim. Foi ao quarto, pegou o banquinho, subiu e do guarda roupa puxou um álbum de fotos antigo que estava embaixo dos outros.
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Ela tira a poeira da capa, abre e procura por alguma coisa, em cada uma das páginas emplastificadas. Um sorriso mostra que ela encontrou o que procurava. Ela vira o álbum na minha direção e diz: “Eu achei essas fotos alguns dias atrás. Achei que você devia ver”.
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Nas fotos, pessoas estranhas sorriam e se divertiam em um ritual que remetia a algum tipo de celebração tribal. Uma festa talvez? As fotos parecem reais. Antigas, desbotadas e mal batidas. Não eram digitais. Viro a página e encontro cerca de doze fotos. Na maior parte delas havia uma pessoa em comum que eu sabia que conhecia, mas não via fazia algum tempo. Alguém com quem eu convivi. Eu olhava fixamente e tentava descobrir quem era. Estava diferente. As roupas, os cabelos, a magreza. Eu não reconhecia.
.
Viro a página do álbum e antes que eu pudesse perguntar para minha amiga quem era aquela pessoa, uma foto em especial reaviva minha memória. De repente, sou tomado por um súbito mal estar. Minha boca seca. Minhas mãos suam. Meu cérebro entra em um tipo de curto circuito porque eu não consigo emitir nenhum som enquanto estudava a foto.
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Se fosse um registro de uma autópsia alienígena eu não ficaria tão surpreso. Mas não era. Eu tremi. Aquela pessoa, naquele álbum. Meu deus... AQUELE SOU EU! Essa é a minha versão dos anos 80!!
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Sim, era verdade. Lá estava eu sorrindo naquela foto embaçada. Até parecia feliz. Era horrível demais pra ser verdade. Tênis branco por fora da calça (estilo basquete), camisa gola Rolê, blazer com motivo escocês, ombreiras e a famigerada calça bag. É sério, você não se lembra da calça bag?? Pelamordedeus, era aquela calça que o coz da calça ficava no meio do seu torax. Se o coz estivesse muito apertado, você teria problemas respiratórios (ou de digestão).
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Mas como era possível eu não me lembrar? Eu nasci em 1970 então 1978, 1979... 1990.. 1990? Espere, tem algo errado aqui. Falta alguma coisa... Talvez meu cérebro tenha apagado aquilo para minha própria proteção e... De repente, um som agudo ecoa em meus ouvidos. Ensurdecedor. O copo que eu segurava se espatifa no chão em câmera lenta. Eu caio sobre meus joelhos. Minha mente é invadida pelo som de “A view to a kill” do Duran Duran, enquanto milhões de imagens são exibidas simultaneamente. Meu primeiro CD, Ghostbusters, a queda do muro de Berlim, Exterminador do futuro, walkmans, VHS, ATARI, We are the World, De volta para o futuro, Rock in Rio, Thriler, Caverna do Dragão, Chernobyl, guerra das Malvinas, Ronald Reagan (A Guerra fria), Fernando Collor de Mello. RAMBO, RPM, MENUDOS!! MENUDOS Não! NãO! NÃÃOOOOOOO!!
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Foi só então que eu me dei conta... EU REALMENTE VIVI OS ANOS 80??!!
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Minha mente volta para aquele fatídico período e eu me lembro...
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Era um dia quente e seco em Brasília. Um sábado como tantos outros na cidade. Redemoinhos de poeira eram comuns nessa época do ano, dada as grandes áreas de terra batida e muitas áreas em construção. Aguardávamos o ônibus que nos levaria para a Matinê da boate mais badalada da cidade, a discoteca Zoom (não tínhamos idade para nada além disso).
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Estavamos ansiosos por ouvir as musicas do momento. Hits como “Geração Coca-cola” (de uma banda nova de Brasília chamada Legião Urbana ou algo assim) e “Love Bizarre triangle”, do New order ale´m de outros sucessos das Fms como A-Ha, Information society, the cure, the smiths, Blitz.
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Lembro ainda que na boate havia aquele momento “Kedançanão”, em que o Dj parava os ritmos dançantes e colocava musicas lentas, e você se levantava, se aproximava de uma das meninas coladas na parede do outro lado da boate e perguntava “Quer dançar?” , “não!”, ela respondia sem ao menos pensar.. Que saudade!.
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De qualquer forma, lá estávamos nós na ponto de ônibus. O plano era simples. Seguiríamos de ônibus até uma determinada quadra do plano piloto. De lá, pegaríamos um taxi que nos deixaria em frente a boate, cerca de 3km de distância do ponto em que descemos. Enquanto os outros meninos chegavam com os pais, nos chegaríamos de taxi em grande estilo. Independentes, poderosos e... quebrados (depois do taxi, não teríamos dinheiro para mais que um refrigerante).
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No horário marcado, liguei para a casa do meu vizinho (evidentemente, celulares eram um conceito que só existiam em filmes de ficção) e decidimos nos encontrar no ponto do ônibus.
.
Eu cheguei primeiro e estava distraído quando sinto a mão tocar em meu ombro. Quando eu me viro, reconheço o meu amigo mas, para minha surpresa e descubro que ele estava fantasiado de meu irmão gêmeo, ainda que eu não o tivesse. Eu explico. O meu amigo, apesar das óbvias diferenças físicas (eu moreno e ele louro), parecíamos uma versão mais bizarra ainda dos personagens do filme, “irmão gêmeos” (filme com Arnold Schwarzenegger e Danny DeVitto, um grande sucesso dos anos 80).
.
Estávamos vestidos exatamente iguais o que, de fato, não era tão difícil naquela época. É que a moda era, como posso dizer, limitada. Pelo menos para os homens. Camisetas, Carteiras e mochilas, por exemplo, variavam somente entre marcas. K&K, Company, Cantão ou Redley para os riquinhos e Sun Coast ou Pier, para os pobrinhos. Sapatos eram Doc Sides AZUL (pode?) ou aquele tênis Redley (que sempre furava no dedo). As calças podiam variar entre o Jeans (BAG ou Semi Bag) ou a calça modelo Carpinteiro (que era um protótipo da calça Cargo de hoje em dia).
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E assim estávamos os dois. Ridiculamente vestidos não só com as mesmas roupas, mas as mesmas cores, variando somente as marcas.
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Discutimos, sobre quem deveria voltar para trocar de roupa. Os dois irredutíveis afinal, eram roupas novas compradas exclusivamente para o evento em questão. De qualquer forma, no horizonte, já surgia o ônibus:
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– Eu vou assim!
– Eu também.
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Desta forma, subiram nossos dois corajosos heróis no trepidante e barulhento ônibus, rumo ao encontro dos seus destinos...
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(A tela escurece e na tela negra surge o aviso em fontes brancas – “Continua...”)
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ATENÇÃO!: Esse post se divide excepcionalmente em 2 partes. Leia agora a parte 01 e, se tiver paciência a parte 02 logo acima. Boa sorte!
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Eu estava na casa de uma grande amiga quando, depois de bebermos um pouco, ela disse que tinha uma surpresa para mim. Foi ao quarto, pegou o banquinho, subiu e do guarda roupa puxou um álbum de fotos antigo que estava embaixo dos outros.
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Ela tira a poeira da capa, abre e procura por alguma coisa, em cada uma das páginas emplastificadas. Um sorriso mostra que ela encontrou o que procurava. Ela vira o álbum na minha direção e diz: “Eu achei essas fotos alguns dias atrás. Achei que você devia ver”.
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Nas fotos, pessoas estranhas sorriam e se divertiam em um ritual que remetia a algum tipo de celebração tribal. Uma festa talvez? As fotos parecem reais. Antigas, desbotadas e mal batidas. Não eram digitais. Viro a página e encontro cerca de doze fotos. Na maior parte delas havia uma pessoa em comum que eu sabia que conhecia, mas não via fazia algum tempo. Alguém com quem eu convivi. Eu olhava fixamente e tentava descobrir quem era. Estava diferente. As roupas, os cabelos, a magreza. Eu não reconhecia.
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Viro a página do álbum e antes que eu pudesse perguntar para minha amiga quem era aquela pessoa, uma foto em especial reaviva minha memória. De repente, sou tomado por um súbito mal estar. Minha boca seca. Minhas mãos suam. Meu cérebro entra em um tipo de curto circuito porque eu não consigo emitir nenhum som enquanto estudava a foto.
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Se fosse um registro de uma autópsia alienígena eu não ficaria tão surpreso. Mas não era. Eu tremi. Aquela pessoa, naquele álbum. Meu deus... AQUELE SOU EU! Essa é a minha versão dos anos 80!!
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Sim, era verdade. Lá estava eu sorrindo naquela foto embaçada. Até parecia feliz. Era horrível demais pra ser verdade. Tênis branco por fora da calça (estilo basquete), camisa gola Rolê, blazer com motivo escocês, ombreiras e a famigerada calça bag. É sério, você não se lembra da calça bag?? Pelamordedeus, era aquela calça que o coz da calça ficava no meio do seu torax. Se o coz estivesse muito apertado, você teria problemas respiratórios (ou de digestão).
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Mas como era possível eu não me lembrar? Eu nasci em 1970 então 1978, 1979... 1990.. 1990? Espere, tem algo errado aqui. Falta alguma coisa... Talvez meu cérebro tenha apagado aquilo para minha própria proteção e... De repente, um som agudo ecoa em meus ouvidos. Ensurdecedor. O copo que eu segurava se espatifa no chão em câmera lenta. Eu caio sobre meus joelhos. Minha mente é invadida pelo som de “A view to a kill” do Duran Duran, enquanto milhões de imagens são exibidas simultaneamente. Meu primeiro CD, Ghostbusters, a queda do muro de Berlim, Exterminador do futuro, walkmans, VHS, ATARI, We are the World, De volta para o futuro, Rock in Rio, Thriler, Caverna do Dragão, Chernobyl, guerra das Malvinas, Ronald Reagan (A Guerra fria), Fernando Collor de Mello. RAMBO, RPM, MENUDOS!! MENUDOS Não! NãO! NÃÃOOOOOOO!!
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Foi só então que eu me dei conta... EU REALMENTE VIVI OS ANOS 80??!!
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Minha mente volta para aquele fatídico período e eu me lembro...
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Era um dia quente e seco em Brasília. Um sábado como tantos outros na cidade. Redemoinhos de poeira eram comuns nessa época do ano, dada as grandes áreas de terra batida e muitas áreas em construção. Aguardávamos o ônibus que nos levaria para a Matinê da boate mais badalada da cidade, a discoteca Zoom (não tínhamos idade para nada além disso).
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Estavamos ansiosos por ouvir as musicas do momento. Hits como “Geração Coca-cola” (de uma banda nova de Brasília chamada Legião Urbana ou algo assim) e “Love Bizarre triangle”, do New order ale´m de outros sucessos das Fms como A-Ha, Information society, the cure, the smiths, Blitz.
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Lembro ainda que na boate havia aquele momento “Kedançanão”, em que o Dj parava os ritmos dançantes e colocava musicas lentas, e você se levantava, se aproximava de uma das meninas coladas na parede do outro lado da boate e perguntava “Quer dançar?” , “não!”, ela respondia sem ao menos pensar.. Que saudade!.
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De qualquer forma, lá estávamos nós na ponto de ônibus. O plano era simples. Seguiríamos de ônibus até uma determinada quadra do plano piloto. De lá, pegaríamos um taxi que nos deixaria em frente a boate, cerca de 3km de distância do ponto em que descemos. Enquanto os outros meninos chegavam com os pais, nos chegaríamos de taxi em grande estilo. Independentes, poderosos e... quebrados (depois do taxi, não teríamos dinheiro para mais que um refrigerante).
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No horário marcado, liguei para a casa do meu vizinho (evidentemente, celulares eram um conceito que só existiam em filmes de ficção) e decidimos nos encontrar no ponto do ônibus.
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Eu cheguei primeiro e estava distraído quando sinto a mão tocar em meu ombro. Quando eu me viro, reconheço o meu amigo mas, para minha surpresa e descubro que ele estava fantasiado de meu irmão gêmeo, ainda que eu não o tivesse. Eu explico. O meu amigo, apesar das óbvias diferenças físicas (eu moreno e ele louro), parecíamos uma versão mais bizarra ainda dos personagens do filme, “irmão gêmeos” (filme com Arnold Schwarzenegger e Danny DeVitto, um grande sucesso dos anos 80).
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Estávamos vestidos exatamente iguais o que, de fato, não era tão difícil naquela época. É que a moda era, como posso dizer, limitada. Pelo menos para os homens. Camisetas, Carteiras e mochilas, por exemplo, variavam somente entre marcas. K&K, Company, Cantão ou Redley para os riquinhos e Sun Coast ou Pier, para os pobrinhos. Sapatos eram Doc Sides AZUL (pode?) ou aquele tênis Redley (que sempre furava no dedo). As calças podiam variar entre o Jeans (BAG ou Semi Bag) ou a calça modelo Carpinteiro (que era um protótipo da calça Cargo de hoje em dia).
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E assim estávamos os dois. Ridiculamente vestidos não só com as mesmas roupas, mas as mesmas cores, variando somente as marcas.
.
Discutimos, sobre quem deveria voltar para trocar de roupa. Os dois irredutíveis afinal, eram roupas novas compradas exclusivamente para o evento em questão. De qualquer forma, no horizonte, já surgia o ônibus:
.
– Eu vou assim!
– Eu também.
.
Desta forma, subiram nossos dois corajosos heróis no trepidante e barulhento ônibus, rumo ao encontro dos seus destinos...
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(A tela escurece e na tela negra surge o aviso em fontes brancas – “Continua...”)
sexta-feira, 11 de julho de 2008
O Fim dos dias...
É meus amigos. Chegou o fim. Sempre imaginei que o mundo se acabaria por um vírus mortal. Quem sabe, por sorte e com grande efeitos especiais, com a explosão de um meteoro gigante, ou ainda, para realização de todos os meus mais loucos devaneios nerds, por um calango mutante assassino gigante. Mas não. A vida vai se extinguir por conta de mais um erro da humanidade, e não, desta vez a culpa não é a poluição é sim a tão nova e temida LEI SECA. Curioso? (Não? bah, dane-se! Vou explicar assim mesmo!).
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Siga o meu raciocínio. Como eu disse no post anterior, o álcool é o combustível da cantada. Sem ele, as pessoas não mais vão se embriagar, e assim tomar coragem para enfrentar o toco. Sem isso, muitos(as) não cometerão o erro de ir pra cama no primeiro encontro, iniciar um namoro, conhecer a "ficante", enfim, o sexo vai se tornar mais raro. A reprodução humana, em médio prazo, está condenada. Uma população de velhos sóbrios e reclamões e mal amados é o que restará da nossa sociedade. Dias sombrios.
.
Tá, eu sei que estou exagerando. A lei não proíbe que você beba, só não quer que você dirija quando fizer isso. Mas qual é a graça então se você não pode viver a vida perigosamente??? Saudades dos tempos em que voltar para casa era realmente uma aventura. Saudades do tempo em que eu acreditava em teletransporte (sim, porque era a única coisa que explicaria como eu estava em um momento num bar rodeado de amigos, repentinamente, recobrava os sentidos na manhã seguinte, na minha cama, sem me lembrar de como eu tinha parado lá, e quem era a mulher do meu lado??? - MEU DEUS!). Quanto arrependimento... Quero dizer, quanta saudade.
.
É curioso que, sóbrio e diante do cenário de histeria nacional, você acaba vendo a vida com outros olhos. Antes, uma situação que passaria totalmente desapercebida, se torna agora um grande acontecimento. Ontem a noite, saindo do parque da cidade, tive uma visão que me chamou tanto a atenção que eu peguei o celular para ligar para um amigo:
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Siga o meu raciocínio. Como eu disse no post anterior, o álcool é o combustível da cantada. Sem ele, as pessoas não mais vão se embriagar, e assim tomar coragem para enfrentar o toco. Sem isso, muitos(as) não cometerão o erro de ir pra cama no primeiro encontro, iniciar um namoro, conhecer a "ficante", enfim, o sexo vai se tornar mais raro. A reprodução humana, em médio prazo, está condenada. Uma população de velhos sóbrios e reclamões e mal amados é o que restará da nossa sociedade. Dias sombrios.
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Tá, eu sei que estou exagerando. A lei não proíbe que você beba, só não quer que você dirija quando fizer isso. Mas qual é a graça então se você não pode viver a vida perigosamente??? Saudades dos tempos em que voltar para casa era realmente uma aventura. Saudades do tempo em que eu acreditava em teletransporte (sim, porque era a única coisa que explicaria como eu estava em um momento num bar rodeado de amigos, repentinamente, recobrava os sentidos na manhã seguinte, na minha cama, sem me lembrar de como eu tinha parado lá, e quem era a mulher do meu lado??? - MEU DEUS!). Quanto arrependimento... Quero dizer, quanta saudade.
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É curioso que, sóbrio e diante do cenário de histeria nacional, você acaba vendo a vida com outros olhos. Antes, uma situação que passaria totalmente desapercebida, se torna agora um grande acontecimento. Ontem a noite, saindo do parque da cidade, tive uma visão que me chamou tanto a atenção que eu peguei o celular para ligar para um amigo:
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- Brother, você não acredita no que eu estou vendo na minha frente!
- O que, porra?? (Educado como sempre);
- Um cara, está entrando no carro, e sabe o que ele tem nas mãos enquanto dirige? Sabe?
- O que, porra?? (...)
- UMA CERVEJA velho, UMA CERVEJA enquanto dirige!! (TCHAN-TCHAN-TCHAN!!)
- WOOOW! QUE IRADO! Tira uma foto?!
.
É, pode parecer engraçado, mas o cenário é trágico. Saí na última quinta para não beber. Fui obrigado. Era o "debut", de um amigo como fotógrafo e eu tinha que prestigiar o cara. No bar, as caras alegres tentavam disfarçar a sobriedade. Conversas comedidas, sem risadas espalhafatosas. Encontrei uma amiga. Nos cumprimentamos sem exageros, ela falou comigo com lucidez e coerência. Nos despedimos sem abraços emocionados. Foi estranho, quase robótico. Mais tarde, ás 23:00, fui encontrar outros amigos. O bar em que se encontravam, muito popular num passado não muito distante, já naquele horário quase fechava as portas. As meninas bebiam tônica, e os rapazes, mais ousados, Coca-cola (não era zero!). Na mesa ao lado, um homem solitário e triste fazia origami com os canudinhos. Percebi que ele bebia Guaraná Antártica. Era tudo tão irreal e frio. Eu parecia participar de um cenário de filme de terror. Todos sentados naquele bar me lembravam zumbis.
.
Diante disso tudo, imagine minha dificuldade na confissão que farei agora. Semana passada fui ao Gates. Talvez tenha sido a música envolvente. Talvez tenha sido um desejo suicida ou quem sabe, simplesmente a sede (eu nunca vou ter certeza), mas num ímpeto de loucura assassina, eu ousei beber UMA LONGNECK! Sim, eu sei. Não deveria dizer isso aqui, afinal, que imagem você, leitor, vai ter de mim? Mas eu não me arrependo. E pior, saboreei até a última gota. Gostosa, gelada. Mas aquela cerveja não era do tipo solitária, não. Ela chamava por companhia. Insistia. Nós discutimos. Lutamos, não sei exatamente por quanto tempo, mas eu resisti bravamente ao desejo de consumir mais uma. 1:00h da manhã eu saia do Gates, completamente sóbrio, sozinho e fedendo a fumaça de cigarro. Lá fora, arrumei a gola da jaqueta, olhei para os lados de forma suspeita para confirmar que não estava sendo seguido. Entrei no carro. Agia como um criminoso. No caminho para casa, rezei e pedi para ser abençoado com a visão além do alcance dos Thundercats para que, se eu identificasse com antecedência o menor sinal de uma blitz, tivesse ao menos a chance de pular do carro com ele ainda em movimento. Mas ocorre que cheguei em casa são e salvo e não fui preso. Foi uma noite louca!
.
Agora, penso em estratégias para as próximas baladas. Fazer amizade com os moradores do meu prédio para, assim, poder dividir o taxi para casa é uma das opções. Definitivamente vai baratear muito a minha noite. Pensando nisso, ontem pela primeira vez desci no pilotis do meu prédio. Uma turma animada de 3 pessoas conversavam justamente sobre a tão famosa lei seca. Forcei a amizade e acho que fiz uma boa primeira impressão. Penso até em convidar o mais novo dos meus novos amigos para uma balada eletrônica amanhã. Um simpático senhor de somente 68 anos.
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O amigo da vez não funciona. Já tenho poucos amigos, se eu for propor que algum deles não beba a noite toda, serei, com certeza considerado o inimigo da vez. O negócio agora é fazer novos amigos, começar do zero. Ando freqüentando uma congregação evangélica. Já tenho um irmão e ele não bebe. A única coisa um pouquinho ruim é que toda vez que sentamos no boteco ele quer pregar e tentar salvar a alma, minha e dos meus amigos. Decidimos que vamos para o inferno.
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Brincadeiras a parte, e, ao contrário do que possa parecer, eu sou a favor da lei. Meu único problema é que junto com ela, deveríamos, particularmente aqui em Brasília, ter uma estrutura de transporte que permitisse ao bêbado (agora, qualquer um que tenha ingerido 0,02% de álcool), voltasse para casa por um custo razoável. Alguns bares já se propõe a levar o cliente para casa. O ruim é que as festas não oferecem essa opção, tem que ser taxi mesmo. Uma corrida de taxi da asa sul ao lago sul não sai por menos que R$ 30,00 (pelamordedeus, R$ 60,00 só pra ir e voltar a festa?). E olha que eu não moro na asa sul, ainda tenho que ir pra casa. Realmente, não temos que nos preocupar com ficar alcoolizados, a grana não dá mais para isso.
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Saldo da semana. As quintas feiras acabaram, assim como happy hours. Reunião nas casa dos amigos, só daqueles que tiverem quarto de hóspedes. Sábados, a balada tem que compensar muito, para se beber todo o álcool que não bebemos mais durante a semana.
- Brother, você não acredita no que eu estou vendo na minha frente!
- O que, porra?? (Educado como sempre);
- Um cara, está entrando no carro, e sabe o que ele tem nas mãos enquanto dirige? Sabe?
- O que, porra?? (...)
- UMA CERVEJA velho, UMA CERVEJA enquanto dirige!! (TCHAN-TCHAN-TCHAN!!)
- WOOOW! QUE IRADO! Tira uma foto?!
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É, pode parecer engraçado, mas o cenário é trágico. Saí na última quinta para não beber. Fui obrigado. Era o "debut", de um amigo como fotógrafo e eu tinha que prestigiar o cara. No bar, as caras alegres tentavam disfarçar a sobriedade. Conversas comedidas, sem risadas espalhafatosas. Encontrei uma amiga. Nos cumprimentamos sem exageros, ela falou comigo com lucidez e coerência. Nos despedimos sem abraços emocionados. Foi estranho, quase robótico. Mais tarde, ás 23:00, fui encontrar outros amigos. O bar em que se encontravam, muito popular num passado não muito distante, já naquele horário quase fechava as portas. As meninas bebiam tônica, e os rapazes, mais ousados, Coca-cola (não era zero!). Na mesa ao lado, um homem solitário e triste fazia origami com os canudinhos. Percebi que ele bebia Guaraná Antártica. Era tudo tão irreal e frio. Eu parecia participar de um cenário de filme de terror. Todos sentados naquele bar me lembravam zumbis.
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Diante disso tudo, imagine minha dificuldade na confissão que farei agora. Semana passada fui ao Gates. Talvez tenha sido a música envolvente. Talvez tenha sido um desejo suicida ou quem sabe, simplesmente a sede (eu nunca vou ter certeza), mas num ímpeto de loucura assassina, eu ousei beber UMA LONGNECK! Sim, eu sei. Não deveria dizer isso aqui, afinal, que imagem você, leitor, vai ter de mim? Mas eu não me arrependo. E pior, saboreei até a última gota. Gostosa, gelada. Mas aquela cerveja não era do tipo solitária, não. Ela chamava por companhia. Insistia. Nós discutimos. Lutamos, não sei exatamente por quanto tempo, mas eu resisti bravamente ao desejo de consumir mais uma. 1:00h da manhã eu saia do Gates, completamente sóbrio, sozinho e fedendo a fumaça de cigarro. Lá fora, arrumei a gola da jaqueta, olhei para os lados de forma suspeita para confirmar que não estava sendo seguido. Entrei no carro. Agia como um criminoso. No caminho para casa, rezei e pedi para ser abençoado com a visão além do alcance dos Thundercats para que, se eu identificasse com antecedência o menor sinal de uma blitz, tivesse ao menos a chance de pular do carro com ele ainda em movimento. Mas ocorre que cheguei em casa são e salvo e não fui preso. Foi uma noite louca!
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Agora, penso em estratégias para as próximas baladas. Fazer amizade com os moradores do meu prédio para, assim, poder dividir o taxi para casa é uma das opções. Definitivamente vai baratear muito a minha noite. Pensando nisso, ontem pela primeira vez desci no pilotis do meu prédio. Uma turma animada de 3 pessoas conversavam justamente sobre a tão famosa lei seca. Forcei a amizade e acho que fiz uma boa primeira impressão. Penso até em convidar o mais novo dos meus novos amigos para uma balada eletrônica amanhã. Um simpático senhor de somente 68 anos.
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O amigo da vez não funciona. Já tenho poucos amigos, se eu for propor que algum deles não beba a noite toda, serei, com certeza considerado o inimigo da vez. O negócio agora é fazer novos amigos, começar do zero. Ando freqüentando uma congregação evangélica. Já tenho um irmão e ele não bebe. A única coisa um pouquinho ruim é que toda vez que sentamos no boteco ele quer pregar e tentar salvar a alma, minha e dos meus amigos. Decidimos que vamos para o inferno.
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Brincadeiras a parte, e, ao contrário do que possa parecer, eu sou a favor da lei. Meu único problema é que junto com ela, deveríamos, particularmente aqui em Brasília, ter uma estrutura de transporte que permitisse ao bêbado (agora, qualquer um que tenha ingerido 0,02% de álcool), voltasse para casa por um custo razoável. Alguns bares já se propõe a levar o cliente para casa. O ruim é que as festas não oferecem essa opção, tem que ser taxi mesmo. Uma corrida de taxi da asa sul ao lago sul não sai por menos que R$ 30,00 (pelamordedeus, R$ 60,00 só pra ir e voltar a festa?). E olha que eu não moro na asa sul, ainda tenho que ir pra casa. Realmente, não temos que nos preocupar com ficar alcoolizados, a grana não dá mais para isso.
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Saldo da semana. As quintas feiras acabaram, assim como happy hours. Reunião nas casa dos amigos, só daqueles que tiverem quarto de hóspedes. Sábados, a balada tem que compensar muito, para se beber todo o álcool que não bebemos mais durante a semana.
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No fim, consigo visualizar uma situação ainda mais desesperadora. Em breve, sem álcool, para embalar as minhas noites, esse blog secará. Que aventuras eu poderia narrar sem as situações que o álcool já me proporcionou?
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No fim, consigo visualizar uma situação ainda mais desesperadora. Em breve, sem álcool, para embalar as minhas noites, esse blog secará. Que aventuras eu poderia narrar sem as situações que o álcool já me proporcionou?
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Tsc. Triste fim!
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Esse foi meu depoimento de fé e eu já estou sóbrio há cinco dias. (aplausos emocionados).
Esse foi meu depoimento de fé e eu já estou sóbrio há cinco dias. (aplausos emocionados).
quinta-feira, 3 de julho de 2008
Equipe "brother"!
Minha vida está em perigo! Estou me arriscando muito ao trazer esse post pra vocês. É noite e posso ouvir o barulho da chuva batendo na janela misturada ao movimento dos carros do posto de gasolina ao lado. O pequeno quarto no qual eu me encontro está totalmente escuro. A minha única fonte de luz vem do monitor desse computador. Eu prendo a respiração enquanto digito esse texto. Daqui desse quarto de motel de beira de estrada, entre o cheiro de mofo e a decoração barata, posso ouvir as vozes dos meus algozes vindas do corredor. Eles estão a minha procura. Batem de porta em porta e revistam cada um dos quartos mal iluminados. Estão determinados e tem pressa. Sabem que a qualquer momento eu clicarei em "publicar post" e ai será tarde demais para me impedir. Não demorarão até me acharem aqui. Tenho que ser breve.
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Ainda me lembro, há alguns dias atrás, de ter confidenciado ao meu melhor amigo (Aquele traidor!) que iria colocar aqui um post revelando a verdade sobre o comportamento do homem na guerra. Sim, um segredo terrível que iria abalar a estrutura da nossa irmandade. Ao fazer isso, eu rompi relações com a "brodagem" masculina. Meus amigos se voltaram contra mim e fui jurado de morte. Minha cabeça está a prêmio.
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Este segredo, passado de geração em geração, somente entre os membros de confiança do clã, agora será finalmente revelado. Se você que me lê, é mulher, saiba que a partir de agora vai entender o que significa "equipe brother" e ainda, como se comporta o homem numa noite de guerra. Se você, homem que me lê, não reconhece o termo, saiba que você não foi considerado digno (eu tenho pena de você, PENA!)...
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Continuo a digitar o texto, enquanto minha mente procura abrigo nas lembranças daquele fatídico sábado... (a imagem fica turva e entra o flash-back...)
Continuo a digitar o texto, enquanto minha mente procura abrigo nas lembranças daquele fatídico sábado... (a imagem fica turva e entra o flash-back...)
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Era um dia quente, fim de tarde na verdade. O céu estava azul e limpo. Chegamos, eu e meu "brother" (traidor!) a essa casa de samba famosa em Brasília, localizada no coração da cidade.
Ao descer do carro, sem dizer uma palavra, dirigimos nossos olhares para a fila e, como no filme "O exterminador do futuro", iniciamos o "escaner" das possíveis "Sarahs Connors" presentes naquele estabelecimento (Nesse momento podia-se ouvir o barulho dos nervos óticos coletando informação sobre os eventuais alvos e enviando as imagens capturadas para o arquivo do banco de dados para futuras referências).
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Era um dia quente, fim de tarde na verdade. O céu estava azul e limpo. Chegamos, eu e meu "brother" (traidor!) a essa casa de samba famosa em Brasília, localizada no coração da cidade.
Ao descer do carro, sem dizer uma palavra, dirigimos nossos olhares para a fila e, como no filme "O exterminador do futuro", iniciamos o "escaner" das possíveis "Sarahs Connors" presentes naquele estabelecimento (Nesse momento podia-se ouvir o barulho dos nervos óticos coletando informação sobre os eventuais alvos e enviando as imagens capturadas para o arquivo do banco de dados para futuras referências).
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A casa, como em todos os sábados, estava cheia. Um ambiente agradável, ainda que simples. Cerveja gelada, servida nas garrafas escuras de 600 ml. A banda tocava um samba vibrante, alto e alegre. A composição do público era, em sua maioria, formado por mulheres jovens, muitas em duplas outras em bandos.
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.A noite começava a chegar e nos sabíamos o que ela significava. Em breve chegaria a hora de agir. Preparávamos para a batalha que se desenrolaria ali munidos de vodka até o pescoço. É importante que se entenda que a Guerra não é diferente, seja ela travada no Afeganistão ou em uma boate de Brasília. As regras de conduta são as mesmas "Ou você lidera, segue ordens ou sai do caminho". O primeiro em comando é o líder alfa. É aquele que inicia o movimento de ataque ao alvo. A liderança não é pré-definida. Ela acontece depois do reconhecimento do território quando um dos componentes do grupo decide fazer o movimento. Ele não depende de ninguém e, se sozinho, parte para o ataque, mesmo que seja Kamikaze.
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Dito isso, não foi uma surpresa quando o meu colega chamou minha atenção tocando em meu ombro. – "O alvo foi avistado! Repito, o alvo foi avistado! Iniciar procedimentos de abordagem". O novo líder alfa faz o sinal com os dois dedos nervosos apontando os próprios olhos, e em seguida aponta para o alvo. Esse sinal significa que ele partiria para o ataque.
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O alvo se encontrava na posição 6 horas. Eu o localizo. Uma mulher, jovem, bonita, de cabelos longos, castanhos e pele clara. Muito alta para os meus padrões. Ela parece séria e entediada. Dança timidamente, mas está bebendo (o que é um bom sinal. Nunca tente uma abordagem direta com uma mulher sóbria, principalmente se você estiver bebendo).
Estudo o comportamento do Alvo por alguns segundos. Olhando mais atentamente percebo que ela conversa com alguém. – "OH MEU DEUS!" A amiga dela é mina terrestre com alto grau explosivo... E não parece nem um pouco simpática. Minha espinha gela. Eu antecipei o que viria a seguir, mas antes que eu pudesse fazer qualquer coisa o líder alfa dá duas leves batidas com o punho fechado no próprio peito e pronuncia o comando "Equipe brother!". Aquelas palavras ecoaram no meus ouvidos e instintivamente reagi:
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- Nãããããoooooooo!
- O que você disse soldado? Pergunta o líder incrédulo no que acabara de ouvir.
- Quero dizer... Er... Eu... Permissão para beber, Senhor! (repensei.)
- Você tem 3 minutos soldado. Ele responde sem tirar o olhar assassino do alvo.
- Nãããããoooooooo!
- O que você disse soldado? Pergunta o líder incrédulo no que acabara de ouvir.
- Quero dizer... Er... Eu... Permissão para beber, Senhor! (repensei.)
- Você tem 3 minutos soldado. Ele responde sem tirar o olhar assassino do alvo.
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Eu queria pedir pra sair. Mas sabia que a recusa do comando "equipe brother" significa a deserção. E desertores são punidos com a morte. Eu não mais seria convocado para outras batalhas. Não que eu seja um guerreiro nato. A guerra ela é cansativa. Sangrenta, cruel e não é muito justa. Mas, ao mesmo tempo é um luxo que um soldado solteiro, não pode abrir mão.
Além disso, fraquejar agora seria abandonar um companheiro em batalha. E no meu papel de "Wingmen" eu não poderia fazer isso. O líder depende de mim.
Eu queria pedir pra sair. Mas sabia que a recusa do comando "equipe brother" significa a deserção. E desertores são punidos com a morte. Eu não mais seria convocado para outras batalhas. Não que eu seja um guerreiro nato. A guerra ela é cansativa. Sangrenta, cruel e não é muito justa. Mas, ao mesmo tempo é um luxo que um soldado solteiro, não pode abrir mão.
Além disso, fraquejar agora seria abandonar um companheiro em batalha. E no meu papel de "Wingmen" eu não poderia fazer isso. O líder depende de mim.
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Nas forças militares americanas o termo "Wingmen" define o piloto subalterno que voa numa posição traseira à do líder da formação de vôo e oferece apoio cobrindo as laterais de qualquer ataque inesperado. Minha missão seria distrair a amiga do alvo, permitindo que o líder tivesse liberdade para o ataque. O Wingmen é fundamental nesses casos. É ele quem desarma as bombas do caminho, no entanto, já ouvi muitas histórias horríveis de Wingmens que não resistiram ao chamado de dever e acabaram "ficando" com as minas, mesmo tendo sido o líder alfa devidamente explodido. É o sacrifício em nome do dever.
Nas forças militares americanas o termo "Wingmen" define o piloto subalterno que voa numa posição traseira à do líder da formação de vôo e oferece apoio cobrindo as laterais de qualquer ataque inesperado. Minha missão seria distrair a amiga do alvo, permitindo que o líder tivesse liberdade para o ataque. O Wingmen é fundamental nesses casos. É ele quem desarma as bombas do caminho, no entanto, já ouvi muitas histórias horríveis de Wingmens que não resistiram ao chamado de dever e acabaram "ficando" com as minas, mesmo tendo sido o líder alfa devidamente explodido. É o sacrifício em nome do dever.
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Me dirijo ao balcão e peço mais uma vodka. Minhas mãos tremem. Eu tento me controlar. Agarro o copo com força e com um único movimento sorvo o conteúdo do copo como se fosse um shot de tequila. Bato o copo na mesa e seco a boca com as costas da mão enquanto eu me volto para o alvo.
Me dirijo ao balcão e peço mais uma vodka. Minhas mãos tremem. Eu tento me controlar. Agarro o copo com força e com um único movimento sorvo o conteúdo do copo como se fosse um shot de tequila. Bato o copo na mesa e seco a boca com as costas da mão enquanto eu me volto para o alvo.
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Muitas mulheres reclamam que odeiam os caras bêbados que chegam nelas, mas a verdade é que o álcool é o combustível da cantada. É muito complicado mesmo para os bonitões da noite chegar na cara limpa na mulherada. Elas são cruéis. O toco, por mais inevitável que seja, sempre afeta a auto-estima do sujeito. O álcool elimina o seu senso de auto-preservação e assim, o homem se torna mais corajoso para enfrentar o toco. O grande desafio é o equilíbrio entre o álcool e a coragem, o que lamentavelmente nunca ocorre porque todo bêbado acha que está mandando bem.
Muitas mulheres reclamam que odeiam os caras bêbados que chegam nelas, mas a verdade é que o álcool é o combustível da cantada. É muito complicado mesmo para os bonitões da noite chegar na cara limpa na mulherada. Elas são cruéis. O toco, por mais inevitável que seja, sempre afeta a auto-estima do sujeito. O álcool elimina o seu senso de auto-preservação e assim, o homem se torna mais corajoso para enfrentar o toco. O grande desafio é o equilíbrio entre o álcool e a coragem, o que lamentavelmente nunca ocorre porque todo bêbado acha que está mandando bem.
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Uma gota de suor escorre pela minha têmpora. É chegada a hora da ação. A partir daí tudo acontece num milésimo de segundos. A banda toca alegremente, mas nenhum de nós realmente ouve a musica uma vez que os nossos batimentos cardíacos soam mais alto. O corpo segue o ritmo no modo automático. O clima é tenso mas misturado ao som do samba permite que disfarcemos o leve nervosismo que vem nos assombrar com um discreto sorriso no rosto. Seguimos em formação de combate na direção do alvo. Sinto a adrenalina percorrer meu cérebro. "Líder Azul preparar para Impacto em três, dois, um... Sorriso! – "Oi, tudo bem... Eu estava olhando você dali e notei..."
Uma gota de suor escorre pela minha têmpora. É chegada a hora da ação. A partir daí tudo acontece num milésimo de segundos. A banda toca alegremente, mas nenhum de nós realmente ouve a musica uma vez que os nossos batimentos cardíacos soam mais alto. O corpo segue o ritmo no modo automático. O clima é tenso mas misturado ao som do samba permite que disfarcemos o leve nervosismo que vem nos assombrar com um discreto sorriso no rosto. Seguimos em formação de combate na direção do alvo. Sinto a adrenalina percorrer meu cérebro. "Líder Azul preparar para Impacto em três, dois, um... Sorriso! – "Oi, tudo bem... Eu estava olhando você dali e notei..."
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Esqueçam, não vou revelar aqui detalhes da cantada. Cada um tem seu estilo. Mas para mim o segredo é você chamar a atenção logo no primeiro segundo. Nada do óbvio "Você sabia que você é linda?" – Sim, ela já sabe! Perguntas inteligentes, criativas e bem humoradas, adequadas a cada situação usualmente despertam o interesse, provocam a conversa e têm um bom nível de resposta (Eu nunca disse que era fácil). Elas intrigam o alvo que não vê outra alternativa senão permitir que você continue para ver onde você chega, ainda que nós enforquemos no final. E dessa forma, mesmo que o alvo não fique com você, se você for divertido e simpático vai diminuir muito o poder de destruição do toco e ainda pode ganhar uma amizade. É claro que eu já ví muita cantada estúpida funcionar na noite. Mas essa é uma questão de sorte (ou do humor do alvo, ou da "belezura" do outro). De qualquer forma, essas regras aqui são sugestões de estratégias.
Esqueçam, não vou revelar aqui detalhes da cantada. Cada um tem seu estilo. Mas para mim o segredo é você chamar a atenção logo no primeiro segundo. Nada do óbvio "Você sabia que você é linda?" – Sim, ela já sabe! Perguntas inteligentes, criativas e bem humoradas, adequadas a cada situação usualmente despertam o interesse, provocam a conversa e têm um bom nível de resposta (Eu nunca disse que era fácil). Elas intrigam o alvo que não vê outra alternativa senão permitir que você continue para ver onde você chega, ainda que nós enforquemos no final. E dessa forma, mesmo que o alvo não fique com você, se você for divertido e simpático vai diminuir muito o poder de destruição do toco e ainda pode ganhar uma amizade. É claro que eu já ví muita cantada estúpida funcionar na noite. Mas essa é uma questão de sorte (ou do humor do alvo, ou da "belezura" do outro). De qualquer forma, essas regras aqui são sugestões de estratégias.
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De volta ao bar, já feito o contato inicial, continuei meu trabalho como Wingman, desta vez sozinho com a amiga do alvo, que não olhava para mim e bebia a sua caipiroska incomodada. Parecia preocupada com a amiga. Ainda assim, tentando ser simpático (chato) eu insistia:
De volta ao bar, já feito o contato inicial, continuei meu trabalho como Wingman, desta vez sozinho com a amiga do alvo, que não olhava para mim e bebia a sua caipiroska incomodada. Parecia preocupada com a amiga. Ainda assim, tentando ser simpático (chato) eu insistia:
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- Pois é? E você e sua amiga costumam vir pra cá? Sorri amarelo.
- Não, primeira vez... E não somos amigas...
- Não são? Er... Primas??
- Não.. namoradas.. estamos juntas há dois anos... (Tchan-tchan-tchaaaan!).
- Pois é? E você e sua amiga costumam vir pra cá? Sorri amarelo.
- Não, primeira vez... E não somos amigas...
- Não são? Er... Primas??
- Não.. namoradas.. estamos juntas há dois anos... (Tchan-tchan-tchaaaan!).
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Foi como se tivessem jogado uma granada aos meus pés! - FIRE IN THE HOLEEEEE!!! Imediatamente olhei para o líder alfa, que tinha se afastado para estabelecer contato com o alvo mais a vontade. Ele continuava sorrindo hipnotizado para a morena que parecia incomodada e nervosa – Ele não tinha como saber que se tratava de uma emboscada!
Foi como se tivessem jogado uma granada aos meus pés! - FIRE IN THE HOLEEEEE!!! Imediatamente olhei para o líder alfa, que tinha se afastado para estabelecer contato com o alvo mais a vontade. Ele continuava sorrindo hipnotizado para a morena que parecia incomodada e nervosa – Ele não tinha como saber que se tratava de uma emboscada!
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Alcancei apreensivo o celular em meu bolso. Os dedos nervosos desbloqueram o celular enquanto procurava o desenho do envelope na tela do celular - Menu – Mensagens – Escrever nova mensagem – Mas antes que eu terminasse de digitar "ABORTAR MISSÃO!", procuro o lider alfa. Era tarde demais para o pobre diabo. Lá estava ele, com um sorriso amarelo no rosto. Parecia desnorteado e com olhar vago. Acho que ele ainda não havia se dado conta do toco que acabara de tomar.
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Alcancei apreensivo o celular em meu bolso. Os dedos nervosos desbloqueram o celular enquanto procurava o desenho do envelope na tela do celular - Menu – Mensagens – Escrever nova mensagem – Mas antes que eu terminasse de digitar "ABORTAR MISSÃO!", procuro o lider alfa. Era tarde demais para o pobre diabo. Lá estava ele, com um sorriso amarelo no rosto. Parecia desnorteado e com olhar vago. Acho que ele ainda não havia se dado conta do toco que acabara de tomar.
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Vendo os restos mortais do líder, expostos alí no meio do público que sambava, insensível ao toco de proporções cataclismicas que se abateu sobre ele, fui tomado por um imenso sentimento de honra samurai-kamikaze, e me voltado para a gordinha que se encontrava parada na minha frente (me ignorando e fingindo assistir ao show enquanto na verdade, procurava a namorada que já se encontrava conversando com outro), fiz aquilo que achava ser a única saída honrosa diante da situação. Me voltei para ela e decidi puxar o pino da granada:
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"- Sabe que eu sempre achei mulheres que curtem mulheres tão interessa...- KA-BOOOM!!! (Marcha militar fúnebre)...
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De repente, estou de volta ao quarto de motel. Meu flashback, assim como minha digitação foram interrompidos por um poderoso raio que pinta o cubículo de um branco azulado por alguns milésimos de segundos, seguido quase simultaneamente por um estrondoso trovão que faz vibrar as frágeis paredes do motel. Nesse momento percebo que a maçaneta da porta gira e ouço cochichos no corredor. Fui achado! Tenho poucos segundos para clicar em "publicar o post" (CLICK!) e sair pela janela que já se encontra aberta...
De repente, estou de volta ao quarto de motel. Meu flashback, assim como minha digitação foram interrompidos por um poderoso raio que pinta o cubículo de um branco azulado por alguns milésimos de segundos, seguido quase simultaneamente por um estrondoso trovão que faz vibrar as frágeis paredes do motel. Nesse momento percebo que a maçaneta da porta gira e ouço cochichos no corredor. Fui achado! Tenho poucos segundos para clicar em "publicar o post" (CLICK!) e sair pela janela que já se encontra aberta...
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Saio pela janela desajeitadamente e corro alucinado. Tento ignorar um fisgão na perna direita enquanto corro. Meu coração quer sair pela garganta, eu o engulo de volta e acelero o ritmo. Tenho poucos segundos antes que eles arrombem a porta e encontrem a surpresa que eu prepar... - Um estrondoso ruído seguindo por uma onda de calor lança o meu corpo por alguns metros de distância e me impede de concluir o pensamento. Caio desajeitadamente e rolo no chão de terra, acompanhado por dezena de estilhaços do hotel agora em chamas. O zumbido constante nos meus ouvidos quase não me deixa ouvir a sinfonia desordenada de alarmes dos carros próximos que soam desesperadamente. do local onde antes se via o motel, agora se encontra somente um amontoado de escombros em chamas. É o fim dos meus algozes (e também da coopeira, da arrumadeira e outros funcionários... Mas como essa parte é inventada, todos morreram sim!)
Saio pela janela desajeitadamente e corro alucinado. Tento ignorar um fisgão na perna direita enquanto corro. Meu coração quer sair pela garganta, eu o engulo de volta e acelero o ritmo. Tenho poucos segundos antes que eles arrombem a porta e encontrem a surpresa que eu prepar... - Um estrondoso ruído seguindo por uma onda de calor lança o meu corpo por alguns metros de distância e me impede de concluir o pensamento. Caio desajeitadamente e rolo no chão de terra, acompanhado por dezena de estilhaços do hotel agora em chamas. O zumbido constante nos meus ouvidos quase não me deixa ouvir a sinfonia desordenada de alarmes dos carros próximos que soam desesperadamente. do local onde antes se via o motel, agora se encontra somente um amontoado de escombros em chamas. É o fim dos meus algozes (e também da coopeira, da arrumadeira e outros funcionários... Mas como essa parte é inventada, todos morreram sim!)
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Ainda atordoado, me levanto e bato a terra dos joelhos da minha calça com minhas mãos sujas e feridas pela queda. Já está amanhecendo. Caminho no fluxo contrário da multidão de curiosos que se acumula para assistir o espetáculo das chamas. Sem olhar para trás acendo um cigarro que puxei do bolso da jaqueta, levo-o até boca e aspiro a fumaça amarga enquanto assisto o sol se levantar no horizonte...
Ainda atordoado, me levanto e bato a terra dos joelhos da minha calça com minhas mãos sujas e feridas pela queda. Já está amanhecendo. Caminho no fluxo contrário da multidão de curiosos que se acumula para assistir o espetáculo das chamas. Sem olhar para trás acendo um cigarro que puxei do bolso da jaqueta, levo-o até boca e aspiro a fumaça amarga enquanto assisto o sol se levantar no horizonte...
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E tusso convulsivamente... Acabo de lembrar que eu não fumo. BLEARGH!
E tusso convulsivamente... Acabo de lembrar que eu não fumo. BLEARGH!
sexta-feira, 13 de junho de 2008
Raios duplos, beijos triplos!!!
"There's something wrong with the world today,
I don't know what it is…"
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Era isso que dizia o Aerosmith em 93 quando eles lançaram o hit "Living on the Edge". E ainda que eu acredite que eles estivessem vivendo "la vida loca", freqüentando as festas mais bárbaras e consumindo todos os tipos de drogas possíveis e imagináveis, ou seja, que os seus olhos acreditavam já ter visto de tudo, eu afirmo: Eles não tinha idéia de como a coisa ainda podia enlouquecer (afinal, o gostoso da vida não é justamente o fato de que nada está tão ruim que não possa piorar??).
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É sério! A loucura que antes estava contida em espaços alternativos e eventualmente no meio artístico aonde rolavam eventos performáticos típicos de festas greco-romanas, agora invade qualquer birosca num raio de 100 metros de sua casa. Eu digo isso pelos acontecimentos das últimas 2 semanas, quando tive oportunidade de estar em três eventos diferentes.
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Sexta-feira, 23:45 (letrinhas no esquerdo da tela, em fonte branca, digitadas no estilo "Arquivo X"). Já falei aqui sobre os pubs, não? Bem, esse em especial, fica mais afastado da cidade e tem como tema o "rock alternativo" ou "Indie" (Strokes, Interpol, Bloc Party, Postal Service, etc.). Geralmente, espaços com esse tema são, por princípio, inferninhos. Tem a ver com o próprio conceito alternativo.
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O espaço "Indie" não é aquele ambiente bonitinho, com luzinhas piscando e uma super decoração modernosa. Ao contrário, é muitas vezes sujo e composto por uma decoração de gosto duvidoso. A pista de dança é praticamente um porão escuro e abafado (Um sucesso entre os Austríacos que poderiam facilmente criar uma família por mais de 24 anos). É perfeito para se convidar aquele seu amigo claustrofóbico e se divertir assistindo-o se debater contra as paredes furiosamente até perder os sentidos. É um ambiente que lembra muito os cenários de filmes... Tipo "Jogos Mortais" ou um dos ringues de porrada marginais que aparecem no filme "clube da luta".
I don't know what it is…"
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Era isso que dizia o Aerosmith em 93 quando eles lançaram o hit "Living on the Edge". E ainda que eu acredite que eles estivessem vivendo "la vida loca", freqüentando as festas mais bárbaras e consumindo todos os tipos de drogas possíveis e imagináveis, ou seja, que os seus olhos acreditavam já ter visto de tudo, eu afirmo: Eles não tinha idéia de como a coisa ainda podia enlouquecer (afinal, o gostoso da vida não é justamente o fato de que nada está tão ruim que não possa piorar??).
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É sério! A loucura que antes estava contida em espaços alternativos e eventualmente no meio artístico aonde rolavam eventos performáticos típicos de festas greco-romanas, agora invade qualquer birosca num raio de 100 metros de sua casa. Eu digo isso pelos acontecimentos das últimas 2 semanas, quando tive oportunidade de estar em três eventos diferentes.
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Sexta-feira, 23:45 (letrinhas no esquerdo da tela, em fonte branca, digitadas no estilo "Arquivo X"). Já falei aqui sobre os pubs, não? Bem, esse em especial, fica mais afastado da cidade e tem como tema o "rock alternativo" ou "Indie" (Strokes, Interpol, Bloc Party, Postal Service, etc.). Geralmente, espaços com esse tema são, por princípio, inferninhos. Tem a ver com o próprio conceito alternativo.
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O espaço "Indie" não é aquele ambiente bonitinho, com luzinhas piscando e uma super decoração modernosa. Ao contrário, é muitas vezes sujo e composto por uma decoração de gosto duvidoso. A pista de dança é praticamente um porão escuro e abafado (Um sucesso entre os Austríacos que poderiam facilmente criar uma família por mais de 24 anos). É perfeito para se convidar aquele seu amigo claustrofóbico e se divertir assistindo-o se debater contra as paredes furiosamente até perder os sentidos. É um ambiente que lembra muito os cenários de filmes... Tipo "Jogos Mortais" ou um dos ringues de porrada marginais que aparecem no filme "clube da luta".
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A galera que freqüenta esse espaço não se mistura. Eles não andam em barzinhos da moda. Não são flagrados em antros de patricinhas e playboys. Se forem vistos nesses ambientes podem até ser expulsos do clubinho (sim, é difícil manter o estilo alternativo). Se você os vê de dia, não vai reconhece-los. É o tipo de lugar onde os meninos, em alguns casos, usam mais lápis no olho que as meninas. As roupas do ambiente também são um outro diferencial da balada pop. Nada de decotes ou tecidos brilhantes. Nesses espaços, periguetes não são bem vindas, nem vistas (até porque, nessas casas não se toca axé, funk ou pagode). Todo mundo vai vestindo a sua melhor produção; Jeans sujo, camiseta surrada e, se você tiver menos de 20 (tarde demais pra mim!), pode arriscar um par de All Stars. A proposta é a casualidade, no melhor sentido da palavra.
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Nessa noite em particular, o tema da festa era no mínimo inusitada: Mulheres "fantasiadas" como prostitutas e homens como cafetões, não pagariam para entrar. A fila da bilheteria do pub já era um espetáculo. Dezenas de meninas, quase todas entre 18 (supostamente) e 26 anos, vestindo meias calças arrastão, generosos decotes e minis (micro) saias que fariam os seus menores cintos corarem de vergonha. Ainda que eu estivesse vestindo minha melhor roupa, ao chegar na bilheteria, o rapaz do guichê quis me oferecer o desconto da entrada, mas ofendido, decidi por pagar!
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Nesse ambiente de música alternativa e luzes vermelhas não é de se estranhar que, com o passar da noite, dado ao elevado nível etílico dos freqüentadores, misturado a balada rock, algumas meninas começassem a dançar mais "animadinhas". Eu não estranhei também quando um grupo em especial, composto por três meninas, sem se importar com o que acontecia a sua volta, começassem a dançar de forma mais "sensual", se esfregando uma nas outras no ritmo da musica. Nem mesmo estranhei quando elas, uma a uma, começaram a se beijar na boca sofregamente. Finalmente, achei muito natural quando elas resolveram realizar um beijo triplo num canto (mais) escuro da pista (Ops! Peraí, babei enquanto digitava!). Línguas e lábios se misturavam aleatóriamente. Mas tudo bem, afinal, ambientes alternativos tem dessas coisas mesmo. Todo mundo acha normal, eu também achei (ainda que eu tenha ficado de boca aberta e me babado todo, por mais de meia hora, enquanto o gelo da minha vodka evaporava e eu assistia o show).
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Sábado 17:30, churrasco de um DJ. A festa acontecia em uma mansão com piscina. O tempo não estava muito bonito. Nublado e meio frio. a) Prenúncio de chuva chegando ou b) O aviso de um péssimo programa? Quando eu e meu amigo descemos do carro percebemos que minha segunda hipótese seria a mais acertada. Sabe aquele velho e saudoso aroma de derrota no ar? Pois bem, estávamos impregnados. Era aquele tipo de festa que você chega e todo mundo se conhece, menos você. Gatas de todos os tipos e estilos se espalhavam pelo gramado em volta da piscina, desfilando com seus óculos escuros, shortinhos colados e vestidinhos curtos. Logo que entramos fomos fuzilados por aqueles olhares de "quem é esse?". Era difícil se aproximar. A única coisa boa era a cerveja e a musica eletrônica (Techno-house) que rolava nas pickups (isso quando não era substituída por um axé, ou pagode, "atendendo a pedidos") Ainda assim, era o melhor da festa.
Sábado 17:30, churrasco de um DJ. A festa acontecia em uma mansão com piscina. O tempo não estava muito bonito. Nublado e meio frio. a) Prenúncio de chuva chegando ou b) O aviso de um péssimo programa? Quando eu e meu amigo descemos do carro percebemos que minha segunda hipótese seria a mais acertada. Sabe aquele velho e saudoso aroma de derrota no ar? Pois bem, estávamos impregnados. Era aquele tipo de festa que você chega e todo mundo se conhece, menos você. Gatas de todos os tipos e estilos se espalhavam pelo gramado em volta da piscina, desfilando com seus óculos escuros, shortinhos colados e vestidinhos curtos. Logo que entramos fomos fuzilados por aqueles olhares de "quem é esse?". Era difícil se aproximar. A única coisa boa era a cerveja e a musica eletrônica (Techno-house) que rolava nas pickups (isso quando não era substituída por um axé, ou pagode, "atendendo a pedidos") Ainda assim, era o melhor da festa.
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O tempo foi passando, escurecendo e junto com a noite, repentinamente se iniciou uma forte chuva. Na verdade, um temporal! Corremos, eu e meu amigo, para baixo de um toldo procurar proteção. É claro, não fomos sozinhos. Todo mundo que estava em volta da piscina também teve a mesma idéia. Foi aquela confusão para tirar as caixas de som da chuva e ligar embaixo do toldo. O que até então estava ruim, agora estava péssimo, molhado e apertado. Foi uma grande aventura tentar se proteger da chuva, evitar as poças de lama no chão e fugir das goteiras do toldo. Meu amigo tentava me animar fazendo gracinhas e, ainda que eu estivesse irritado e molhado, não restava outra alternativa a não ser rir daquela situação patética. Isso (ou foi a Vodka), acabou nos animando mais. Tanto que ele se encorajou e até chegou em umas meninas só para voltar depois de alguns tocos (sobre os tocos, esse vai ser um assunto de outro post). A musica voltou num volume alto e vibrante já que as caixas de som, embaixo do toldo estavan bem próximas de nós.
O tempo foi passando, escurecendo e junto com a noite, repentinamente se iniciou uma forte chuva. Na verdade, um temporal! Corremos, eu e meu amigo, para baixo de um toldo procurar proteção. É claro, não fomos sozinhos. Todo mundo que estava em volta da piscina também teve a mesma idéia. Foi aquela confusão para tirar as caixas de som da chuva e ligar embaixo do toldo. O que até então estava ruim, agora estava péssimo, molhado e apertado. Foi uma grande aventura tentar se proteger da chuva, evitar as poças de lama no chão e fugir das goteiras do toldo. Meu amigo tentava me animar fazendo gracinhas e, ainda que eu estivesse irritado e molhado, não restava outra alternativa a não ser rir daquela situação patética. Isso (ou foi a Vodka), acabou nos animando mais. Tanto que ele se encorajou e até chegou em umas meninas só para voltar depois de alguns tocos (sobre os tocos, esse vai ser um assunto de outro post). A musica voltou num volume alto e vibrante já que as caixas de som, embaixo do toldo estavan bem próximas de nós.
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Assim, entre a musica eletrônica, o espaço apertadinho e a vodka na cabeça, um grupo de amigas decidiu subir em uma caixa de esgoto (aquelas de concreto com tampa de ferro) e meio que improvisaram um palco. De lá começaram uma performance impressionante. Elas, de vestidinhos flutuantes e insinuantes dançavam (rebolavam) segurando na cintura umas das outras seguindo o ritmo hipnótico do techno-house (enquanto nos seguiamos hipnotizados os ritmos dos quadris). Eventualmente, um rapaz subia e dançava com uma, beijava na boca de outra e descia. E elas cada vez mais juntinhas. Uma outra menina subiu no palco. Agora formavam um trio animadíssimo. E nós de boca escancarada, fingindo naturalidade. Eventualmente, as três acabaram se concentrando nelas mesmas, ignorando o resto da festa, enquanto trocavam beijos libidinosos entre elas. E riam, e dançavam, e beijavam. Mas tudo bem, afinal, ambientes de musica eletrônica tem dessas coisas. Todo mundo acha normal, também achei (Eu de boca aberta ainda, senti minha mandibula estalar!).
Assim, entre a musica eletrônica, o espaço apertadinho e a vodka na cabeça, um grupo de amigas decidiu subir em uma caixa de esgoto (aquelas de concreto com tampa de ferro) e meio que improvisaram um palco. De lá começaram uma performance impressionante. Elas, de vestidinhos flutuantes e insinuantes dançavam (rebolavam) segurando na cintura umas das outras seguindo o ritmo hipnótico do techno-house (enquanto nos seguiamos hipnotizados os ritmos dos quadris). Eventualmente, um rapaz subia e dançava com uma, beijava na boca de outra e descia. E elas cada vez mais juntinhas. Uma outra menina subiu no palco. Agora formavam um trio animadíssimo. E nós de boca escancarada, fingindo naturalidade. Eventualmente, as três acabaram se concentrando nelas mesmas, ignorando o resto da festa, enquanto trocavam beijos libidinosos entre elas. E riam, e dançavam, e beijavam. Mas tudo bem, afinal, ambientes de musica eletrônica tem dessas coisas. Todo mundo acha normal, também achei (Eu de boca aberta ainda, senti minha mandibula estalar!).
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Sexta-feira, 22:00hs. Chegávamos em grupo há uma boate de música caribenha. Usualmente não freqüento esses lugares (sou péssimo nesse tipo de coisa), mas um amigo usou o velho chamado "Equipe, brother", do qual um parceiro não tem como fugir (O chamado "Equipe, brother" será explicado mais tarde - Como em arquivo X, estou deixando os ganchos para os futuros posts).
Sexta-feira, 22:00hs. Chegávamos em grupo há uma boate de música caribenha. Usualmente não freqüento esses lugares (sou péssimo nesse tipo de coisa), mas um amigo usou o velho chamado "Equipe, brother", do qual um parceiro não tem como fugir (O chamado "Equipe, brother" será explicado mais tarde - Como em arquivo X, estou deixando os ganchos para os futuros posts).
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Era um ambiente totalmente distinto do estilo Rock-Indie e de música eletrônica. Aqui, um monte de patricinhas, playboys e periguetes circulavam livremente no seu habitat natural e buscavam formas de perpetuar a espécie (principalmente as periguetes). Decotes extravagantes, saltos-altos e calças coladas eram uma alegria para os olhos. Ainda assim, nós nos sentimos meio deslocados. O grupo em que estávamos originalmente se dispersou. Um dos últimos parceiros, um exímio dançarino, parecia um pinto no lixo de tão feliz. Esse, se perdeu no meio da pista de dança. Nunca mais o vimos. Mas não nos deixamos abater. Enquanto houvesse tequila, haveria esperança (a casa oferecia "double-drink"). Depois de alguns "shots" não foi difícil nos sentirmos bem a vontade até mesmo para arriscar alguns passos embalado por música cubana.
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Era um ambiente totalmente distinto do estilo Rock-Indie e de música eletrônica. Aqui, um monte de patricinhas, playboys e periguetes circulavam livremente no seu habitat natural e buscavam formas de perpetuar a espécie (principalmente as periguetes). Decotes extravagantes, saltos-altos e calças coladas eram uma alegria para os olhos. Ainda assim, nós nos sentimos meio deslocados. O grupo em que estávamos originalmente se dispersou. Um dos últimos parceiros, um exímio dançarino, parecia um pinto no lixo de tão feliz. Esse, se perdeu no meio da pista de dança. Nunca mais o vimos. Mas não nos deixamos abater. Enquanto houvesse tequila, haveria esperança (a casa oferecia "double-drink"). Depois de alguns "shots" não foi difícil nos sentirmos bem a vontade até mesmo para arriscar alguns passos embalado por música cubana.
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Foi nesse momento que aconteceu. Nas caixas de som, iniciou-se um ritmo caribenho que mais tarde, me informaram se tratar do "Zouk", um estilo de dança que se assemelha à lambada mas que possui um ritmo mais... er.. sensual, por assim dizer. Segundo me disseram, "dançar zouk é fazer sexo na pista" e realmente não estavam brincando. A característica da dança é justamente a intimidade. É dançar tão colado, com as pernas tão entrelaçadas, que é difícil distinguir que se tratam de duas pessoas. Não era difícil perceber que, naquele frenesi que chamam de dança as pernas do parceiro se debatiam contra as partes íntimas da parceira, sem no entanto, causar qualquer tipo de constrangimento. Afinal, é somente uma dança (certo!). A proximidade é tanta que uma ereção repentina poderia catapultar o corpo da parceira para quilômetros de distância. OS bombeiros estavam de plantão. O pior é que as pessoas dançam isso sem preservativo (Ninguém faz uma campanha??).
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De qualquer forma, dado ao menor número de homens dançarinos, as mulheres presentes acabaram formando pares. Sensualíssimas, se esfregavam publicamente e desavergonhadamente uma às outras (A-há! Vocês já imaginam onde eu vou chegar, certo?). Um grupo com cerca de 6 jovens, sendo a maioria mulheres (as quais estávamos secando há algum tempo), dançavam entusiasmadas. Ao final da música, três delas e um rapaz, acho que para fechar com chave de ouro o "gran-finale", decidiram celebrar com um longo e "caliente" beijo QUADRUPLO??.AI CARAMBA! (minha boca aberta precisaria de fisioterapia para voltar a fechar). Mas tudo bem, afinal, ambientes de musica caribenhas tem..- O QUE?? Gente, é musica caribenha, PELAMORDEDEUS!! Vocês estão loucos? Ambiente "Indie" tudo bem, "eletrônico" vá lá.. mas musica caribenha já é sacanagem! Ai não, não dá! Senti as veias do meu pescoço saltarem e tomado por um sentimento primitivo (ou pela tequila), num único salto tentei avançar para cima do povo que se lambia, tendo sido impedido, ainda no ar pelo meu amigo.
De qualquer forma, dado ao menor número de homens dançarinos, as mulheres presentes acabaram formando pares. Sensualíssimas, se esfregavam publicamente e desavergonhadamente uma às outras (A-há! Vocês já imaginam onde eu vou chegar, certo?). Um grupo com cerca de 6 jovens, sendo a maioria mulheres (as quais estávamos secando há algum tempo), dançavam entusiasmadas. Ao final da música, três delas e um rapaz, acho que para fechar com chave de ouro o "gran-finale", decidiram celebrar com um longo e "caliente" beijo QUADRUPLO??.AI CARAMBA! (minha boca aberta precisaria de fisioterapia para voltar a fechar). Mas tudo bem, afinal, ambientes de musica caribenhas tem..- O QUE?? Gente, é musica caribenha, PELAMORDEDEUS!! Vocês estão loucos? Ambiente "Indie" tudo bem, "eletrônico" vá lá.. mas musica caribenha já é sacanagem! Ai não, não dá! Senti as veias do meu pescoço saltarem e tomado por um sentimento primitivo (ou pela tequila), num único salto tentei avançar para cima do povo que se lambia, tendo sido impedido, ainda no ar pelo meu amigo.
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É revoltante! O mundo está perdido! Beijos triplos, quádruplos entre meninas acontecendo na minha frente, a toda hora, em todos os ambientes... E ninguém me convida, pô??? Qualé??!!!
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Mas eu acho que tenho sorte. Se na minha época eu vivenciasse o que essa geração vive, recheados de festas, beijos triplos e o mais variado tipo de atividades exóticas (Eu disse, EXÓTICA!), eu, com certeza eu não teria chegado a idade em que cheguei (Deixem-me acreditar que isso é uma compensação!).
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Para terminar, ontem quando eu reclamava com uma grande amiga minha sobre o tema de beijos triplos, quádruplos e quíntuplos e sobre qual número seria suficiente (o que me fez decidir por escrever esse post), ela respondeu:
Para terminar, ontem quando eu reclamava com uma grande amiga minha sobre o tema de beijos triplos, quádruplos e quíntuplos e sobre qual número seria suficiente (o que me fez decidir por escrever esse post), ela respondeu:
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- "Realmente é uma coisa nojenta!"
- "Sério, você acha mesmo?"
-"Com certeza... A boca da gente sempre acaba toda melada!"
...(Suspiro..)
- "Até tú Brutus?"
- "Realmente é uma coisa nojenta!"
- "Sério, você acha mesmo?"
-"Com certeza... A boca da gente sempre acaba toda melada!"
...(Suspiro..)
- "Até tú Brutus?"
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Eita povo muderno!
Eita povo muderno!
quarta-feira, 11 de junho de 2008
Tira no Jacaré Banguela...
Legal! Uma tira minha foi publicada no Jacaré Banguela, um dos mais importantes blogs de entretenimento do País!
http://buzz.globo.com/jacarebanguela/?p=4781
(É oficial, agora eu levo uma vida dupla. Também sou um personagem de quadrinhos!)
http://buzz.globo.com/jacarebanguela/?p=4781
(É oficial, agora eu levo uma vida dupla. Também sou um personagem de quadrinhos!)
quarta-feira, 4 de junho de 2008
O Canudinho
Era uma daquelas noites agradáveis em Brasília. Meio friozinho sim, mas nada que chegasse a realmente incomodar. Quinta feira, quase onze da noite e eu estava assistindo uma aula na faculdade (Eu fazia um curso de pós-graduação a noite naquela época).
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Diante da SUA expressão serena, tranqüila e quase entediada, percebo que você, leitor, não se deu conta ainda de quão dramática era aquela situação (sim, esse é um blog interativo!). Vou dar uns segundos para você voltar e ler o parágrafo acima para descobrir o que está errado... Vai, lá! Eu espero...
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Nossa, que demora... E ai? Nada ainda? Vou tornar mais fácil para você... Quinta-feira? 23:00hs? Eu sentado numa sala de aula?? Hã? Hã? Meu Deus!! Você não vê que está tudo errado?? Bares lotados, pessoas bebendo e se divertindo e eu estava alí, assistindo uma aula de Gerenciamento de projetos de Coop..zzzzzzzzzzz.. Vê? Eu não consigo nem pronunciar o nome da matéria sem dormir...
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De qualquer forma, nem tudo estava perdido. Já era praticamente um ritual sairmos depois da aula, como um grupo sedentário (que tem sede) em busca de bares que permitissem nossa barulhenta e incômoda presença (tá, estou falando só de mim de novo), só para falarmos mal daqueles que não se encontravam (sim, sou eu novamente!).
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Entretanto, nessa quinta feira em particular não conseguimos levantar um grupo de guerreiros que quisessem desbravar os mistérios que a noite trazia (eu sei, ficou brega mas achei legal - O blog é meu!). Todo mundo tinha compromissos (entenda vida social). Mas não me dei por derrotado. Entediado mas perseverante, consegui demover um amigo da idéia estúpida de ir para casa descansar "porque tinha que trabalhar no dia seguinte" e consegui convencê-lo de sairmos para um boteco qualquer (qualquer um que tivesse mulheres, claro!)
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Seguimos então para um pub na Asa sul que era famoso por ter seu chopp produzido aqui mesmo na cidade (o que realmente não é lá grande coisa mas ainda é álcool!). Eu confesso que sempre gostei de pubs. Acho que por ser um ambiente mais reservado, acaba sendo freqüentado por uma galera mais madura. É apertadinho e quente, é verdade, mas sempre uma galera mais interessante que nos bares abertos. Particularmente as mulheres.
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Diante da SUA expressão serena, tranqüila e quase entediada, percebo que você, leitor, não se deu conta ainda de quão dramática era aquela situação (sim, esse é um blog interativo!). Vou dar uns segundos para você voltar e ler o parágrafo acima para descobrir o que está errado... Vai, lá! Eu espero...
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Nossa, que demora... E ai? Nada ainda? Vou tornar mais fácil para você... Quinta-feira? 23:00hs? Eu sentado numa sala de aula?? Hã? Hã? Meu Deus!! Você não vê que está tudo errado?? Bares lotados, pessoas bebendo e se divertindo e eu estava alí, assistindo uma aula de Gerenciamento de projetos de Coop..zzzzzzzzzzz.. Vê? Eu não consigo nem pronunciar o nome da matéria sem dormir...
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De qualquer forma, nem tudo estava perdido. Já era praticamente um ritual sairmos depois da aula, como um grupo sedentário (que tem sede) em busca de bares que permitissem nossa barulhenta e incômoda presença (tá, estou falando só de mim de novo), só para falarmos mal daqueles que não se encontravam (sim, sou eu novamente!).
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Entretanto, nessa quinta feira em particular não conseguimos levantar um grupo de guerreiros que quisessem desbravar os mistérios que a noite trazia (eu sei, ficou brega mas achei legal - O blog é meu!). Todo mundo tinha compromissos (entenda vida social). Mas não me dei por derrotado. Entediado mas perseverante, consegui demover um amigo da idéia estúpida de ir para casa descansar "porque tinha que trabalhar no dia seguinte" e consegui convencê-lo de sairmos para um boteco qualquer (qualquer um que tivesse mulheres, claro!)
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Seguimos então para um pub na Asa sul que era famoso por ter seu chopp produzido aqui mesmo na cidade (o que realmente não é lá grande coisa mas ainda é álcool!). Eu confesso que sempre gostei de pubs. Acho que por ser um ambiente mais reservado, acaba sendo freqüentado por uma galera mais madura. É apertadinho e quente, é verdade, mas sempre uma galera mais interessante que nos bares abertos. Particularmente as mulheres.
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Talvez essa opinião seja apoiado pela proposta "Rock and Roll", coisa que eu gosto muito e que difere seu público de 90% das casas que tocam musica Funk (CrééeéUDO!), axezenta ou sertanejentas (direitos registrados dessa palavra – Se for usar, pague!). Mas ao meu ver existem mais chances de se encontrar pessoas legais, embaladas pelo som de STROKES, CAKE, ARTIC MONKEYS ou INTERPOL do que embaralhado pelo som do Mc Créééuuu (créu, créu, créu), Maicon & Marconi, Axé blonde ou vixe mainha (sim, tive que pesquisar no google para descobrir o nome das "bandas"..). Afinal, pega muito melhor você dizer no futuro "Eu a conheci quando tocava "You only live once" (Strokes) do que, "Eu a conheci quando tocou Bebeu, caiu e levantou"...!
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De volta a nossa história, "nossos heróis" (sim, nós mesmos) havíamos finalmente chegado ao dito pub. Eu estava de terno pois, como eu disse antes, tinha saído direto do trabalho para a faculdade. Tirei a gravata, desabotoei a camisa e mantive o Blazer. Estou explicando isso porque não é o tipo de roupa que se vê nesse ambiente. Todo mundo bem casual, jeans, camiseta e tênis, e eu de blazer. Acho que isso talvez pode ter influenciado para o evento que se desenrolaria mais tarde.
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O lugar não estava lotado, mas ainda assim estava movimentado, as pessoas se deslocavam de um lado para o outro. Seguimos para o andar superior do Pub de onde poderíamos ver a banda. Nessa noite em particular o "Mr. Magoo", uma banda local, estaria se apresentando. Até aquele momento eles não tinham entrado e a noite era embalada pelo som mecânico provido por um DJ no térreo. As pessoas se esbarravam na escada, uns descendo outros subindo. Lá em cima, o ambiente tinha uma iluminação tímida. Mesas, cadeiras e o balcão eram todos em um tom de madeira escura, deixava a atmosfera do bar mais aconchegante. Não haviam mesas disponíveis então ficamos no balcão. A música alta era acompanhada pelo ruído abafado de vozes das conversas e dos risos. No telão rolava um jogo de futebol.
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Pedimos o chopp da casa (que eu acho meio esquisito, acho que é feito de trigo, mas tem dia que desce bem). O som alto fazia com que tivéssemos que nos aproximar e falar alto para nos comunicarmos e/ou para fazermos os pedidos para as garçonetes. A conversa variava basicamente sobre o mesmo tema. Sapatos (sim, porque como vocês bem sabem, quando nós, homens, nos reunimos a pauta é sempre sapatos (Nossa, você viu aquele alí, não combina com a bolsa, que gafe!!).
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Tá, confesso que eventualmente, quando cansamos de falar sobre os sapatos, tocamos rapidamente num tema que sempre causa controvérsia e polêmica. O misterioso e incompreensível universo feminino (mas isso é coisinha de 5 minutos mesmo, depois voltamos a falar de sapatos). Experiências pessoais. Lições aprendidas (ou não). Frustrações de relacionamentos. Nada muito emocional ou íntimo, como é típico da conversa entre amigos homens (os papos emocionais e íntimos reservamos para as amigas mulheres, tão mais solidárias para esses assuntos). É claro, tudo isso sempre mantendo o radar ligado. Eventualmente um dos dois interrompia a conversa com o alarme: "nossa, olha essa..." ou um "Muito gatinha..." e deliciávamos nossos os olhos nas curvas, costas pernas e outras "partes" das meninas que desfilavam na nossa frente. Aguardando quem sabe, o momento certo de fazer um contato (o que normalmente acreditamos que seja o momento em que nos estamos completamente bêbados e não conseguimos perceber que esse nunca é o momento certo!).
Talvez essa opinião seja apoiado pela proposta "Rock and Roll", coisa que eu gosto muito e que difere seu público de 90% das casas que tocam musica Funk (CrééeéUDO!), axezenta ou sertanejentas (direitos registrados dessa palavra – Se for usar, pague!). Mas ao meu ver existem mais chances de se encontrar pessoas legais, embaladas pelo som de STROKES, CAKE, ARTIC MONKEYS ou INTERPOL do que embaralhado pelo som do Mc Créééuuu (créu, créu, créu), Maicon & Marconi, Axé blonde ou vixe mainha (sim, tive que pesquisar no google para descobrir o nome das "bandas"..). Afinal, pega muito melhor você dizer no futuro "Eu a conheci quando tocava "You only live once" (Strokes) do que, "Eu a conheci quando tocou Bebeu, caiu e levantou"...!
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De volta a nossa história, "nossos heróis" (sim, nós mesmos) havíamos finalmente chegado ao dito pub. Eu estava de terno pois, como eu disse antes, tinha saído direto do trabalho para a faculdade. Tirei a gravata, desabotoei a camisa e mantive o Blazer. Estou explicando isso porque não é o tipo de roupa que se vê nesse ambiente. Todo mundo bem casual, jeans, camiseta e tênis, e eu de blazer. Acho que isso talvez pode ter influenciado para o evento que se desenrolaria mais tarde.
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O lugar não estava lotado, mas ainda assim estava movimentado, as pessoas se deslocavam de um lado para o outro. Seguimos para o andar superior do Pub de onde poderíamos ver a banda. Nessa noite em particular o "Mr. Magoo", uma banda local, estaria se apresentando. Até aquele momento eles não tinham entrado e a noite era embalada pelo som mecânico provido por um DJ no térreo. As pessoas se esbarravam na escada, uns descendo outros subindo. Lá em cima, o ambiente tinha uma iluminação tímida. Mesas, cadeiras e o balcão eram todos em um tom de madeira escura, deixava a atmosfera do bar mais aconchegante. Não haviam mesas disponíveis então ficamos no balcão. A música alta era acompanhada pelo ruído abafado de vozes das conversas e dos risos. No telão rolava um jogo de futebol.
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Pedimos o chopp da casa (que eu acho meio esquisito, acho que é feito de trigo, mas tem dia que desce bem). O som alto fazia com que tivéssemos que nos aproximar e falar alto para nos comunicarmos e/ou para fazermos os pedidos para as garçonetes. A conversa variava basicamente sobre o mesmo tema. Sapatos (sim, porque como vocês bem sabem, quando nós, homens, nos reunimos a pauta é sempre sapatos (Nossa, você viu aquele alí, não combina com a bolsa, que gafe!!).
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Tá, confesso que eventualmente, quando cansamos de falar sobre os sapatos, tocamos rapidamente num tema que sempre causa controvérsia e polêmica. O misterioso e incompreensível universo feminino (mas isso é coisinha de 5 minutos mesmo, depois voltamos a falar de sapatos). Experiências pessoais. Lições aprendidas (ou não). Frustrações de relacionamentos. Nada muito emocional ou íntimo, como é típico da conversa entre amigos homens (os papos emocionais e íntimos reservamos para as amigas mulheres, tão mais solidárias para esses assuntos). É claro, tudo isso sempre mantendo o radar ligado. Eventualmente um dos dois interrompia a conversa com o alarme: "nossa, olha essa..." ou um "Muito gatinha..." e deliciávamos nossos os olhos nas curvas, costas pernas e outras "partes" das meninas que desfilavam na nossa frente. Aguardando quem sabe, o momento certo de fazer um contato (o que normalmente acreditamos que seja o momento em que nos estamos completamente bêbados e não conseguimos perceber que esse nunca é o momento certo!).
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A banda já tinha entrado e a noite era embalada por covers do The POLICE, INXs, U2, Bon Jovi. Basicamente anos 80.
A banda já tinha entrado e a noite era embalada por covers do The POLICE, INXs, U2, Bon Jovi. Basicamente anos 80.
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Foi nesse momento que ela entrou. O mundo parou. As pessoas se silenciaram. Todos os olhares se voltaram para ela. As luzes se desligaram pois ela iluminava o lugar com apenas um sorriso. Tão brilhante como um sol, ela se movia em camera lenta ou era o tempo e o espaço que se rendiam diante da sua presença. Eu via a luz. Ela era a prova viva de que parte dos seres humanos descendem dos felinos, e não dos primatas. Linda mesmo.
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Ela deveria ter uns 23 a 26 anos, por volta de 1.60. Cabelos castanhos, lisos e brilhantes, rosto de anjo, auréola e asinhas. Ela flutuava no ar com seu narizinho perfeito que exibia um brilhante como piercing. Tinha uma tatuagem tribal no braço, logo acima do bíceps. Calça branca de tecido fino e elástico que apertava nos lugares certos era acompanhada por uma camisetinha justa que denunciava um vislumbre da sua barriguinha perfeita. Tudo nela era inha. Ela vestia um estilo mulher- hipnótico que me fez esquecer de coisas mundanas e superficiais tais como respirar (até eu ficar roxo por alguns segundos).
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Cutuquei o meu amigo discretamente e apontei para ela com o queixo. Ele cuspiu o chopp de volta no copo só para soltar um comentário capaz de definir aquela mulher como somente um intelectual como ele teria capacidade de construir: "PUTZ! QUE GATA!". Entretanto, o tempo, as luzes e os sons voltaram ao ritmo normal logo que eu ví que ela se virou para beijar um sujeito que estava ao lado dela. Só então eu realizei que ela estava acompanhada e eu não tinha notado a existência do sujeito até aquele momento (talvez devido a luminescência natural que ela emitia). Como na história da Bela Adormecida, um "ploc" foi o suficiente para quebrar o feitiço que me prendia. Ninguém é perfeito, pensei. Então voltamos a olhar para o telão e prosseguimos com nossa profunda conversa sobre as mais gatas do trabalho intercalando com as mais gatas do bar.
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Cutuquei o meu amigo discretamente e apontei para ela com o queixo. Ele cuspiu o chopp de volta no copo só para soltar um comentário capaz de definir aquela mulher como somente um intelectual como ele teria capacidade de construir: "PUTZ! QUE GATA!". Entretanto, o tempo, as luzes e os sons voltaram ao ritmo normal logo que eu ví que ela se virou para beijar um sujeito que estava ao lado dela. Só então eu realizei que ela estava acompanhada e eu não tinha notado a existência do sujeito até aquele momento (talvez devido a luminescência natural que ela emitia). Como na história da Bela Adormecida, um "ploc" foi o suficiente para quebrar o feitiço que me prendia. Ninguém é perfeito, pensei. Então voltamos a olhar para o telão e prosseguimos com nossa profunda conversa sobre as mais gatas do trabalho intercalando com as mais gatas do bar.
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Passadas algumas horas, nossa noite chegava ao fim. Eram quase duas e tinhamos que ir, afinal , essa não era uma balada, era apenas um happy hour de quinta "pós-pós", só pra relaxar (de novo, eram "só" duas da manhã, imagine se fosse mesmo balada. Voltava para casa na segunda?). .
Foi nesse momento que a banda começou a tocar o seu grande hit. A música já é uma marca da banda registra os momentos finais da apresentação. Embalada num ritmo de rock anos sessenta, a letra repete em seu refrão:
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"Se eu tivesse um canudinho, eu chupava você,
Pra dentro do meu mundinho, pra comigo viver..." .
Foi nesse momento que a banda começou a tocar o seu grande hit. A música já é uma marca da banda registra os momentos finais da apresentação. Embalada num ritmo de rock anos sessenta, a letra repete em seu refrão:
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"Se eu tivesse um canudinho, eu chupava você,
Pra dentro do meu mundinho, pra comigo viver..." .
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É sério! Essa é a letra... Procura no google pra você ver.
É sério! Essa é a letra... Procura no google pra você ver.
De qualquer forma, ignorando qualquer duplo sentido que sua mente pervertida possa ter interpretado, eu já me preparava para deixar o lugar, quando reparei que alguém me olhava fixamente. Você deve se lembrar daquela aquela gatinha, gatinha, gatinha de tatoo, aureóla e asinhas que eu levei um parágrafo para descrever? Então, ELA agora olhava na minha direção. ELA! Mas, não deve ser eu, pensei. Olhei para trás, e tudo que eu via era o balcão. Tinha que ser um engano.
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Eu já havia percebido algumas vezes durante a noite. Mas o meu cérebro se recusava a aceitar aquela possibilidade. Calculei as probabilidades daquilo ser real, mas os resultados sempre eram negativos. Além disso, ela estava acompanhada (do que eu estou falando? Mesmo que não estivesse...), como eu disse, só podia ser um engano.
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De repente, ela fez um sinal pra mim. Se levantou da mesa onde estava e veio em minha direção sorrindo com a cabeça meio baixa mas com o olhar fixo na minha direção. A franja castanha fazia com que os cabelos quase cobrissem seus olhos que, imagino, fossem verdes. Pensei: "Com sorte ela vai cuspir em mim". Mas não cuspiu. Se aproximou. O som alto da musica do canudinho rolando, fez com que ela chegasse bem pertinho. Pude sentir o perfume dela e me senti tonto por um instante (não tem nada a ver com os 5 chopps que eu tomei, juro! Foi o perfume dela, O PERFUME!). Ela segurou no meu braço levemente e chegou mais perto dos meus ouvidos para não gritar (ela vai perguntar as horas, pensei). Sua voz fez meu coração acelerar com um simples "Oi, tudo bem?" e sem esperar resposta, se aproximou mais do meu ouvido e disse pausadamente: "O meu namorado está perguntando se você tem um canudinho para me emprestar". Pude sentir ela sorrir.
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Não esbocei nenhuma reação. Na posição em que eu estava, fiquei. Eu sei o que você deve estar pensando (ou talvez não). Mas diante daquela situação eu tinha que analisar toda e qualquer outras possibilidades além das mais óbvias. Não sou um cara que costuma receber cantada de mulheres, principalmente em boates, com certeza nunca recebido cantada de... um casal (???), se é que era isso que estava acontecendo ali. Procurei apoio no meu colega mas ele havia se afastado para me deixar a vontade e me encarava boquiaberto do outro lado do bar.
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De qualquer forma, ao ouvir a pergunta, meu cérebro foi ativado. Milhares de descargas elétricas, sinapses e reações químicas aconteciam em milisegundos. Neurônios processavam freneticamente a informação recém chegada. A sobrecarga de energia provocou um grande congestionamento nas vias cerebrais. "Talvez eles estivessem zoando comigo?" (o cérebro processa essa possibilidade). "Quem sabe eles tivessem me confundido com um narcotraficante, e sendo assim, com certeza teria um canudinho no bolso" (o cérebro também processa essa possibilidade).
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Não esbocei nenhuma reação. Na posição em que eu estava, fiquei. Eu sei o que você deve estar pensando (ou talvez não). Mas diante daquela situação eu tinha que analisar toda e qualquer outras possibilidades além das mais óbvias. Não sou um cara que costuma receber cantada de mulheres, principalmente em boates, com certeza nunca recebido cantada de... um casal (???), se é que era isso que estava acontecendo ali. Procurei apoio no meu colega mas ele havia se afastado para me deixar a vontade e me encarava boquiaberto do outro lado do bar.
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De qualquer forma, ao ouvir a pergunta, meu cérebro foi ativado. Milhares de descargas elétricas, sinapses e reações químicas aconteciam em milisegundos. Neurônios processavam freneticamente a informação recém chegada. A sobrecarga de energia provocou um grande congestionamento nas vias cerebrais. "Talvez eles estivessem zoando comigo?" (o cérebro processa essa possibilidade). "Quem sabe eles tivessem me confundido com um narcotraficante, e sendo assim, com certeza teria um canudinho no bolso" (o cérebro também processa essa possibilidade).
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Os neurônios, confusos, se reuniam e um comitê legitimamente eleito decodificava as possibilidades. Quando estavam prestes a emitir um parecer definitivo sobre qual seria a minha melhor resposta, um tumulto tomou conta do cérebro, provocando a morte do neurônio líder. Este foi substituído por um neurônio ditador o que gerou muita insatisfação, resultado no surgimento de um pequeno foco de neurônios. Uma sangrenta guerra cívil dizimou milhares de neurônios inocentes, enquanto um grupo de neurônios ameaçava declarar a independência do cérebro dos outros órgãos. Várias áreas vitais do corpo entravam em greve. Uma ala radical dos neurônios fanáticos que não tinham sido afogados pela cerveja, decidiram pelo suicídio coletivo (outros milhares morreram). Os sobreviventes, cerca de meia dúzia, resolveram se organizar para emitir uma resposta.
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Passados alguns milésimos de segundos consegui organizar uma uma oração coerente que evidenciaria minha rápida e sagaz capacidade de análise. Com meu raciocínio na velocidade de um raio respondi com segurança total: "Hã?....O que???".
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Ao ver a minha reação ela repetiu delicadamente, desta vez mais alto e mais pausadamente, da mesma forma como você explica algo para alguém com problemas mentais: "O MEU NAMORADO ESTÁ PERGUNTANDO SE VOCÊ TEM UM CANUDINHO PRA ME EMPRESTAR?" AH, agora sim! Por um momento eu pensei ter entendido outra coisa. Mas agora que ela repetiu, tão claramente, um novo leque de possibilidades se abria. Me recompus e agora, sabendo que não se tratava de um engano da minha parte, eu respondi com toda a segurança e convicção: "Querida, me desculpe mas... eu não estou entendendo..." (o meu cérebro havia desistido de mim já fazia algum tempo.)
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Passados alguns milésimos de segundos consegui organizar uma uma oração coerente que evidenciaria minha rápida e sagaz capacidade de análise. Com meu raciocínio na velocidade de um raio respondi com segurança total: "Hã?....O que???".
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Ao ver a minha reação ela repetiu delicadamente, desta vez mais alto e mais pausadamente, da mesma forma como você explica algo para alguém com problemas mentais: "O MEU NAMORADO ESTÁ PERGUNTANDO SE VOCÊ TEM UM CANUDINHO PRA ME EMPRESTAR?" AH, agora sim! Por um momento eu pensei ter entendido outra coisa. Mas agora que ela repetiu, tão claramente, um novo leque de possibilidades se abria. Me recompus e agora, sabendo que não se tratava de um engano da minha parte, eu respondi com toda a segurança e convicção: "Querida, me desculpe mas... eu não estou entendendo..." (o meu cérebro havia desistido de mim já fazia algum tempo.)
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Senti que disse algo errado porque, ela soltou meu braço. Se afastou um pouco, olhou nos meus olhos e disse... "ah não? que pena". Virou de costas e foi até o namorado. Acompanhei com os olhos. Ele estava sentado. Ela se aproximou e cochichou algo no ouvido dele. Ele se levanta, pega a jaqueta e sorri pra ela. Os dois passam por mim como se eu não estivesse lá. É claro, eu mantive a pose e o olhar fixo no telão sem olhar de volta para eles, e continuei bebendo a caneca de chopp que já se encontrava vazia fazia uns 30 minutos. Ao passar por mim, o cara que ela acompanhava me deu um tapinha no ombro e fez o sinal de positivo. Sem parar desceu as escadas. E lá estava eu, parado, bebendo meu chopp fantasma com a maior cara de idiota que eu consigo fazer, fingindo que aquilo era a coisa mais natural do mundo.
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Não pensem mal de mim. Não me considero um "total idiota" em 35,7% do tempo. Talvez só um idiota regular, mas não um total idiota. Ainda hoje não sei o que ela.. er... ele... Quero dizer... Eles... queriam mesmo. Talvez seja óbvio pra você, mente maldosa que lê esse blog, mas pra mim não foi. Aquele era um ambiente normal e hetero e não uma casa de swingers, pelamordedeus! Ninguém se aproxima daquela forma, alí. Pelo menos eu nunca tinha ouvido falar disso.
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Eu tento me convencer que as histórias desse blog podem acontecem com qualquer um. A única diferença é a forma como você interpreta esses eventos. O caso da Herbalife, os filmes de terror ou bater a cara no vidro são situações normais que poderiam acontecer com você também. Mas essa história do canudinho colocou abaixo todas as minhas teorias. Adaptando uma frase de Homer Simpson, eu diria: "Deus, porque coisas que acontecem com gente estranha, vivem acontecendo comigo"????
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Depois disso tudo, eu ainda me pergunto, existe uma resposta certa para a pergunta que ela me fez? "Não?", "Terças, quintas e sábados?", "Canudo eu não tenho, mas se precisar de mangueira..." (desculpem, não resisti. propaganda enganosa ainda é crime?) . Convenhamos que é difícil, tomar qualquer decisão naquele momento, de forma tão repentina e num ambiente barulhento e com o cérebro flutuando em meia dúzia de chopps, ainda mais diante de uma pergunta tão bizarra.
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Não pensem mal de mim. Não me considero um "total idiota" em 35,7% do tempo. Talvez só um idiota regular, mas não um total idiota. Ainda hoje não sei o que ela.. er... ele... Quero dizer... Eles... queriam mesmo. Talvez seja óbvio pra você, mente maldosa que lê esse blog, mas pra mim não foi. Aquele era um ambiente normal e hetero e não uma casa de swingers, pelamordedeus! Ninguém se aproxima daquela forma, alí. Pelo menos eu nunca tinha ouvido falar disso.
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Eu tento me convencer que as histórias desse blog podem acontecem com qualquer um. A única diferença é a forma como você interpreta esses eventos. O caso da Herbalife, os filmes de terror ou bater a cara no vidro são situações normais que poderiam acontecer com você também. Mas essa história do canudinho colocou abaixo todas as minhas teorias. Adaptando uma frase de Homer Simpson, eu diria: "Deus, porque coisas que acontecem com gente estranha, vivem acontecendo comigo"????
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Depois disso tudo, eu ainda me pergunto, existe uma resposta certa para a pergunta que ela me fez? "Não?", "Terças, quintas e sábados?", "Canudo eu não tenho, mas se precisar de mangueira..." (desculpem, não resisti. propaganda enganosa ainda é crime?) . Convenhamos que é difícil, tomar qualquer decisão naquele momento, de forma tão repentina e num ambiente barulhento e com o cérebro flutuando em meia dúzia de chopps, ainda mais diante de uma pergunta tão bizarra.
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Confesso que me senti seduzido pela beleza dela mas toda vez que eu penso nisso, o envolvimento da palavra "namorado" na frase construída por ela, faz com que meus circuitos congelem e eu entre em transe balançando os braços alternadamente gritando "PERIGO, WILL ROBINSON! PERIGO!!" (só quem tem mais de 30 vai entender).
O curioso é que quando conto essa história, muita gente, faz parecer fácil: "Pô cara, não era óbvio o que ela queria?" (talvez mas... e daí?). Outros dizem "Ah, pô, você é muito lerdo"(ignorando qual seria a resposta que ele daria). Acho que, diante da bizarria da situação e na hípotese de se tratar de uma proposta indecente, a única resposta apropriada seria aquela que acompanhava as sacolinhas da padaria anos atrás: "Obrigado pela preferência, volte sempre" (assim você ao menos mantém o nível de insanidade!).
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Finalmente, para concluir, quando o casal se retirou meu amigo imediatamente veio até minha direção para saber o que tinha rolado. Eu contei para ele os detalhes que relatei aqui. Desde então ele me chama de "Seu Canudo". Nunca mais saímos juntos.
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Finalmente, para concluir, quando o casal se retirou meu amigo imediatamente veio até minha direção para saber o que tinha rolado. Eu contei para ele os detalhes que relatei aqui. Desde então ele me chama de "Seu Canudo". Nunca mais saímos juntos.
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Depois que terminei de postar essa história recebi muitos telefonemas perguntando e/ou comentando o que diabos aquela menina queria...
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Na boa, eu não consigo acreditar que seja um convite para aquilo que vc acha que é... (MENTE SUJA!!) Pelo menos não alí e não daquela forma...
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Porque não poderia ser apenas uma menina inocente que me viu de terno e pensou que talvez eu...er... tivesse uma caneta... no bolso para ela... er... Usar... o canudo para.. sei lá, cheirar pó?? (Porque? é uma teoria, não é? Mas eu realmente não sei o que é pior...)
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Então, o que você acha? Comenta ai!
segunda-feira, 26 de maio de 2008
Filmes de Terror - Parte 02
Não preciso dizer para você ler a parte 01 primeiro, preciso?
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Bem, continuando nossa grande, grande aventura pelo universo dos filmes mais assustadores que eu já ví, chegamos aquela que se tornou presença constante em muitos dos meus sonhos. Na época em que eu a conheci, ela era bem mais nova e eu tive medo daquele sentimento que ela despertava em mim. Ela sempre me deixou paralisado. Não conseguia parar de pensar nela toda vez que eu ia pra cama. Minha companheira de muitas noites em claro. E se eu sonhasse com ela, sei que acordaria de sobressalto e o seu nome era a primeira coisa que eu dizia.. SAMARA! OH, SAMARA!
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Se você ainda não sabe do que eu estou falando, dê uma chance para o aterrorizante "O CHAMADO" (THE RING) de 2002, remake americano do original japonês de 1998, Ringu. Para se ter idéia do que eu estou falando, eu nunca pensei que ia algum dia ter medo de uma fita de vídeo até assistir esse filme. É verdade! Graças a Deus hoje só tenho DVDs.
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No filme, Rachel Keller (A maravilhosa Naomi Wats – Eu amo-a!) é uma jornalista que investiga as estranhas mortes de adolescentes (incluindo sua sobrinha), que foram provocadas por uma fita de vídeo. Sete dias depois de assistir a fita maldita, a pessoa invariavelmente sofre uma morte horrível. Na busca por respostas, Rachel tem acesso a fita e agora ela luta contra o relógio para salvar tanto a sua vida quanto da sua família.
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O filme é do mal!! DU MAL! Pelo menos foi isso que pensei quando ví da primeira vez. Lembro que depois de assisti-lo no cinema, cheguei em casa sozinho e constrangedoramente nervoso (eu sou um adulto pô! Com medo de filminho de terror? Não mesmo!!). Abri a porta lentamente. Ela rangeu e os pêlos da minha nuca se arrepiaram. Ignorei e coloquei a cabeça para dentro. Nada flutuava na casa e nenhum espectro sinistro. Parecia tudo em ordem. Entrei e tranquei a porta atrás de mim. Olhei para a TV e ela continuava desligada. Fui acendendo as luzes enquanto passava. Cada passo cuidadoso e calculado. Foi quando eu passava pelo meio da sala que eu ouvi um som que me fez congelar. Meus instintos me diziam para voltar. Meus pés também. Eu parei e procurei identificar o som. Não era alto. Era uma voz? Não, eram vozes. Graves, melancólicas e ritmadas. Parecia algum tipo de coral. Um tipo de canto embalado num ritmo que seguia uma cadência própria.
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Cantavam tão baixinho que eu não conseguia distinguir se os sons eram realmente um canto ou um lamento... Mas de onde vinha aquela... Espere! O som vem do apartamento ao lado do meu. Mas eram quase duas da manhã... o que poderia ser?
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Na minha cabeça, vieram simultaneamente as imagens dos rituais que apareciam em filmes como "Indiana Jones e o Templo da Perdição" + "Conan, o Bárbaro" + A trilha de "O EXORCISTA" + "Carmina Burana". Sim, parecia Carmina Burana mais tristes e com menos vozes. Eu quase conseguia ver a imagem de danças macabras, tochas e sacrificios humanos acontecendo no apartamento ao lado às duas da manhã. Corri para o quarto e consegui a proeza de, num único salto, empurrar a porta e cair na cama com já com as cobertas cobrindo a minha cabeça. O meu único movimento para fora do meu braço para buscar um terço no criado mudo.
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Na manhã seguinte, acordo péssimo e desço até a portaria. Pergunto ao zelador quem eram os meus vizinhos (Quem mora em apartamento necessariamente não conhece os vizinhos) e comento que eu tinha ouvido um tipo de ritual a noite toda. Ah, são os japoneses, ele respondeu: Acho que o que você ouviu foi a "reza" deles. Me senti um idiota. Eles eram budistas... Valeu SAMARA, OH-SAMARA!
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Como vocês puderam ver, acho que medo mesmo eu não tenho, mas me causa um certo incômodo filmes que envolvem espíritos e demônios. Acho que porque a morte é ainda uma coisa meio mal resolvida para mim (talvez porque eu nunca tenha morrido). É um dilema. Ao mesmo tempo que a possibilidade da existência de espíritos me tranqüilize pelo fato disso significar que existe uma vida pos-morte, pelamordedeus, quem vai querer ver a prova? (A propósito, o que faz um espírito além de gemer de noite? BRRRRRRR... Pensando bem, eu não quero saber...).
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De qualquer forma, não é necessário o filme ter elementos espirituais para provocar incômodo. Prova disso é o excelente, THE DESCENT (O Abismo do medo) de Neil Marshal. Não procure informações sobre o filme além dessas que eu estou divulgando. Existem muitas resenhas oficiais que revelam informações que deveriam ser a surpresa do filme. Sendo assim, quanto menos você souber melhor. Assim você pode viver a mesma experiência que eu quando assisti o filme pela primeira vez.
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De qualquer forma, não é necessário o filme ter elementos espirituais para provocar incômodo. Prova disso é o excelente, THE DESCENT (O Abismo do medo) de Neil Marshal. Não procure informações sobre o filme além dessas que eu estou divulgando. Existem muitas resenhas oficiais que revelam informações que deveriam ser a surpresa do filme. Sendo assim, quanto menos você souber melhor. Assim você pode viver a mesma experiência que eu quando assisti o filme pela primeira vez.
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No filme, para tentar animar uma amiga que se encontra em recuperação após um trágico acidente, 06 amigas se reúnem para realizar uma exploração em uma caverna nas montanhas remotas dos Apalaches. É claro que a partir do momento que elas entram nas cavernas, alguma coisa vai dar errada e elas se vêem presas e na busca de uma saída alternativa. O filme trabalha com duas vertentes interessantes, primeiro, explora a "brodagem" feminina (similar ao the Thing, já comentado aqui no post sobre filmes de ficção). Por outro lado explora com perfeição o ambiente claustrofóbico das cavernas, com direito a muitas cenas escuras e iluminação feita somente por tochas e lanternas, o que por sí só já seria suficiente para te deixar desconfortável. Diante desse cenário, o clima de pânico e paranóia começa a se espalhar entre as amigas, aflorando velhas feridas e criando uma atmosfera de desconfiança que se torna extremamente perigosa quando a vida de uma está ligada a outra. O diretor brinca com quem assiste, apresentando ruídos e imagens que, tanto você, quanto os personagens, não tem certeza se o que o foi visto naquele momento era real ou imaginário até o clímax do filme.
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O melhor do filme é que ele se leva a sério. Não existe nenhum momento de relaxamento. Tenso do começo ao fim sem descanso para quem assiste. E esqueçam, depois desse filme vocês nunca vão me ver entrar numa caverna. O clima de tensão é tão forte que eu comecei assistir o filme deitado, e terminei sozinho em pé com as mãos cruzadas segurando o meu estômago para ter certeza de que ele não fugiria sem mim. Alguns dos sustos que eu tomei foram tão bem colocados que tive algumas paradas cardíacas (por sorte, sempre tenho um desfibrilador por perto nessas horas). Em compensação, depois da terceira vez que assisti, decorei os sustos, ai mostrava para todo mundo, só para na hora do susto poder medir quantos metros a pessoa pulava (essa era a parte mais divertida, eu rolava de rir!)
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Mas nem só de terror psicológico vive o fã de terror (Lembrando que a diferença entre Terror padrão e o Terror psicológico é que no horror padrão o medo é derivado de um sentimento de nojo e repulsa ao sangue, violência e imagens fortes, enquanto que no terror psicológico, o medo é gerado a partir da vulnerabilidade da mente humana a alguma situação ou sensação desconfortável psicologicamente).
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Eu não poderia terminar esse post sem render uma justa homenagem ao meu gênero de filme preferido, os filmes de Zumbis. Sim, zumbis ou mortos vivos são o tipo de filme que, ao meu ver melhor incorporam as duas vertentes do terror pelo a repulsa visual causada pelos zumbis somado ao terror psicológico ).
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Robert Kirkman, escritor da aclamada série em quadrinhos, Walking Dead (Publicada no Brasil com o nome de "Os mortos-Vivos") disse uma vez que esse gênero de filmes deveriam ser os grandes indicados ao Oscar. Eu concordo totalmente! Afinal, mais do que horror, os bons filmes de zumbis tratam, acima de tudo, da natureza humana e da luta pela sobrevivência quando todos os conceitos e regras de condutas da nossa sociedade caem por terra. O que fazer quando não existe mais lei? Em quem confiar sua vida a partir de agora? Você arriscaria sua vida para salvar uma outra? A pessoa que você ama é realmente a mais confiável?
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Enquanto essas questões são amplamente exploradas, os zumbis surgem como uma metáfora para representar o fim dos tempos. Uma ameaça que não pode ser controlada. Ao contrário do que se poderia imaginar nesse tipo de filme, é o elemento humano o principal foco de atenção do filme, e não a horda incansável de zumbi, que, de fato, poderiam ser facilmente substituídos por uma invasão alienígenas, um vírus mortal contagioso ou até mesmo por Poodles assassinos mutantes (que não teriam a mesma graça ou trariam o mesmo elemento de terror – exceto os Poodles mutantes – Brrrrr!!).
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Eu lembro que fui assistir com mais dois amigos "Madrugada dos Mortos" (Dawn of the dead, 2004), sim, porque filme de Zumbi é coisa de macho. 101 minutos depois de muitos sustos, gritos, explosões e sangue saiamos os três do cinema. Ainda injetados de adrenalina eu comentava com um dos meus amigos os melhores momentos do filme, as cenas mais chocantes e as mais assustadoras. O nosso terceiro amigo continuava calado. Quando eu perguntei o que ele achou do filme a reação foi de que eu tivesse acionado o gatilho. Surtou! Gesticulando e falando alto ele urrava seu ódio ao filme demonstrando o quanto aquelas os zumbis feriram o seu coraçãozinho. Eu quase podia ver as lágrima rolando pelo seu rosto. Se eu gritasse: "Atrás de você! ZUMBI!" Ele correria histericamente e correria balançando os seus curtos bracinhos de volta para o carro.
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Mas eu vou defende-lo aqui. O cara é bacana. Só é sensível. Seu cérebro, cheio de filmes iranianos, cursos de vinho e Chico Buarque fariam com que ele, no caso de um ataque de zumbis, se tornasse totalmente imune. Zumbi que é zumbi odeia frescura!!
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Segue uma pequena cronologia dos mortos-vivos para se entender este universo aterrorizante:
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A Noite dos Mortos Vivos (Night of the Living Dead), de 1968. O filme tem grande importância por ter ditado as regras para os zumbis de TODOS os filmes que vieram depois dele. Como os zumbis surgem, a maneira como caminham, como se alimentam de carne humana e a maneira correta de destruí-los.
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Em 1978, George filmou "Madrugada dos Mortos" (Dawn of the Dead), a continuação do clássico, mostrando a destruição da civilização como a conhecemos pelos mortos-vivos.
A Noite dos Mortos Vivos (Night of the Living Dead), de 1968. O filme tem grande importância por ter ditado as regras para os zumbis de TODOS os filmes que vieram depois dele. Como os zumbis surgem, a maneira como caminham, como se alimentam de carne humana e a maneira correta de destruí-los.
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Em 1978, George filmou "Madrugada dos Mortos" (Dawn of the Dead), a continuação do clássico, mostrando a destruição da civilização como a conhecemos pelos mortos-vivos.
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A partir deste filme, existem duas seqüências: uma dirigida por Lucio Fulci (grande mestre italiano de filmes trash), intitulada Zumbi 2, filmada em 1979, e a conhecida O Dia dos Mortos (Day of the Dead), filmada em 1985 pelo próprio Romero.
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A partir deste filme, existem duas seqüências: uma dirigida por Lucio Fulci (grande mestre italiano de filmes trash), intitulada Zumbi 2, filmada em 1979, e a conhecida O Dia dos Mortos (Day of the Dead), filmada em 1985 pelo próprio Romero.
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Ainda em 1985 Dan O´Bannon filmou o sensacional "Retorno dos Mortos Vivos" (The Return of the Living Dead), que apesar de não estar ligado diretamente à franquia, segue os mesmos conceitos estabelecidos por Romero, apenas tentando dar uma explicação para o surgimento dos zumbis. Este filme possui um tom cômico que não está presente nos filmes da linha dos zumbis, mas vale muito a pena justamente por isso.
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Em 1990, uma refilmagem do A Noite dos Mortos Vivos (Night of living dead0, dirigida por Tom Savini, reconta a primeira história com melhores efeitos de maquiagem e enredo um pouco diferente, com um final novo.
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Em 1990, uma refilmagem do A Noite dos Mortos Vivos (Night of living dead0, dirigida por Tom Savini, reconta a primeira história com melhores efeitos de maquiagem e enredo um pouco diferente, com um final novo.
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A partir dai o gênero "mortos-vivos" ficou esquecido por algum tempo, não surgindo nenhuma produção relevante que devesse ser destacada. O mérito da revigorada nos filmes de mortos-vivos foi do vídeo game Resident Evil de 1996, um sucesso que gerou continuações, toys, quadrinhos e rendeu o primeiro filme em 2002.
A partir dai o gênero "mortos-vivos" ficou esquecido por algum tempo, não surgindo nenhuma produção relevante que devesse ser destacada. O mérito da revigorada nos filmes de mortos-vivos foi do vídeo game Resident Evil de 1996, um sucesso que gerou continuações, toys, quadrinhos e rendeu o primeiro filme em 2002.
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Nesse mesmo, é lançado um filme que, apesar de não estar diretamente relacionado a mitologia dos zumbis teve uma grande importância para o gênero. Extermínio (28 Days Later, 2002), de Danny Boyle, trouxe pela primeira vez os zumbis velocistas. Ainda que não fossem mortos-vivos, e sim pessoas infectadas por uma "super raíva", (que transformava as vítimas em monstros psicóticos e super ágeis) o filme bebeu explicitamente da fonte criada por George Romero.
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Em 2004, a refilmagem de Madrugada dos Mortos usou também os zumbis velocistas de Danny Boyle para contar a história de um grupo de pessoas que acaba preso em um shopping center. O shopping muito maior e os zumbis vitaminados fazem deste filme um dos melhores de toda a franquia.
Nesse mesmo, é lançado um filme que, apesar de não estar diretamente relacionado a mitologia dos zumbis teve uma grande importância para o gênero. Extermínio (28 Days Later, 2002), de Danny Boyle, trouxe pela primeira vez os zumbis velocistas. Ainda que não fossem mortos-vivos, e sim pessoas infectadas por uma "super raíva", (que transformava as vítimas em monstros psicóticos e super ágeis) o filme bebeu explicitamente da fonte criada por George Romero.
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Em 2004, a refilmagem de Madrugada dos Mortos usou também os zumbis velocistas de Danny Boyle para contar a história de um grupo de pessoas que acaba preso em um shopping center. O shopping muito maior e os zumbis vitaminados fazem deste filme um dos melhores de toda a franquia.
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A partir deste filme, foi estabelecido uma nova regra para os filmes de zumbis: Se o zumbi acabou de ser mordido, ele se movimenta com a mesma agilidade que fazia quando vivo; Somente os mais destruídos, enterrados ou carcomidos é que movimentam como os zumbis clássicos.
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Em 2005, o criador do gênero George Romero voltou a ativa com LAND OF THE DEAD. Lamentavelmente seu retorno não agradou tanto os fãs. O seu filme mostrava um caótico futuro onde uma sociedade tenta sobreviver ilhada por uma horda de zumbis inteligentes.
Em 2005, o criador do gênero George Romero voltou a ativa com LAND OF THE DEAD. Lamentavelmente seu retorno não agradou tanto os fãs. O seu filme mostrava um caótico futuro onde uma sociedade tenta sobreviver ilhada por uma horda de zumbis inteligentes.
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Algum tempo depois, George Romero anuncia o lançamento de seu novo filme, Diary of Dead para 2007. O filme apresentaria uma linha documentário na primeira pessoa, num estilo Bruxa de Blair.
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Nesse meio tempo, surge [REC] um filme espanhol com o mesmo conceito. E com uma história simples. Uma equipe de reportagem acompanha uma chamada dos bombeiros e são surpreendidos por um ataque de zumbis. O filme surpreende pela ótima direção repleta de sustos e bons efeitos.
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Apesar do fracasso do Land of the Dead, eu alimentava certa expectativa para Diary of the Dead, no entanto, o novo filme do criador do gênero é uma grande decepção.
Algum tempo depois, George Romero anuncia o lançamento de seu novo filme, Diary of Dead para 2007. O filme apresentaria uma linha documentário na primeira pessoa, num estilo Bruxa de Blair.
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Nesse meio tempo, surge [REC] um filme espanhol com o mesmo conceito. E com uma história simples. Uma equipe de reportagem acompanha uma chamada dos bombeiros e são surpreendidos por um ataque de zumbis. O filme surpreende pela ótima direção repleta de sustos e bons efeitos.
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Apesar do fracasso do Land of the Dead, eu alimentava certa expectativa para Diary of the Dead, no entanto, o novo filme do criador do gênero é uma grande decepção.
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Enquanto isso, devido ao grande sucesso, [Rec] ganhou uma refilmagem americana que deve estrear ainda esse ano nos EUA.
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Enquanto isso, devido ao grande sucesso, [Rec] ganhou uma refilmagem americana que deve estrear ainda esse ano nos EUA.
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